
Desde a assinatura do “Protocolo Etanol Mais Verde”, firmado entre o Governo do Estado de SP e o setor sucroenergético em 2017, a mecanização da colheita da cana-de-açúcar no Estado evitou a emissão de mais de 11,8 milhões de toneladas de CO2 e de 71 milhões de toneladas de poluentes atmosféricos.
Neste período, houve a restauração de 132.285 hectares de áreas ciliares e 7.315 nascentes declaradas, com o plantio de mais de 46,7 milhões de mudas nativas.
Os números foram apresentados nesta terça-feira (20), durante o webinar “Resultados do Protocolo Etanol Mais Verde safra 20/21”.
“O Protocolo Etanol Mais Verde foi um marco histórico e inédito enquanto iniciativa de parceria pela sustentabilidade com um setor produtivo. Foi sempre pautado no estabelecimento de um canal de diálogo com o setor sucroenergético e na busca por soluções conjuntas para a superação dos desafios vivenciados durante e após a mecanização da colheita da cana-de-açúcar”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira, que apresentou o webinar, em comemoração ao Earth Day – Dia da Terra.
Nos últimos anos, o Protocolo também contribuiu para a redução de 46% do consumo de água, atingindo patamar médio de 0,82 m³/tonelada de cana moída e a cogeração de energia elétrica, com 17,43 MWh produzidos e 9,97 MWh exportados para a rede de distribuição elétrica na safra 20/21.
O Protocolo Etanol Mais Verde, firmado em 2017, pelo Governo de SP, por meio das Secretarias de Agricultura e Abastecimento e de Infraestrutura e Meio Ambiente, com o setor, é uma continuidade do acordo firmado dez anos antes para consolidar o desenvolvimento sustentável do segmento sucroenergético e direcionar ações para a superação dos desafios trazidos pela mecanização da colheita da cana.
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Na safra 20/21, além dos compromissos já firmados, houve ainda a realização de ações sociais, de prevenção e combate a incêndios e de enfrentamento à pandemia da Covid-19. As signatárias adimplentes em seus compromissos e Licença de Operação recebem o Certificado Etanol Verde, que reforça, de forma positiva, seu compromisso com o desenvolvimento sustentável.
Participaram também do webinar o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, a diretora-presidente da CETESB, Patricia Iglecias, e o diretor-executivo da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil ORPLANA, Denis Arroyo, e diretor-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Evandro Gussi.
Ações sociais e ambientais
De acordo com o relatório de resultados, as signatárias utilizam amplamente o controle biológico para evitar pragas na cana-de-açúcar e buscam o constante aprimoramento das boas práticas no uso de defensivos.
Também foi informado que 90% das signatárias do Protocolo Etanol Mais Verde participam de estruturas regionais de prevenção e combate a incêndios florestais, como os Planos de Auxílio Mútuo (PAM) e Rede Integrada de Emergência (RINEM). Mais de 1.860 caminhões pipa e 11.700 brigadistas compõem a força de prevenção e combate a incêndios florestais.
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Firmado em 2017 como continuidade do Protocolo Etanol Verde, com o objetivo de consolidar o desenvolvimento sustentável do setor sucroenergético e direcionar ações para a superação dos desafios trazidos pela mecanização da colheita da cana, através de um protocolo de intenções celebrado entre o Governo de SP, representado pelas Secretarias de Agricultura e Abastecimento, de Infraestrutura e Meio Ambiente, por meio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB e o setor sucroenergético, representado pela UNICA e a ORPLANA.
O Programa é reconhecido internacionalmente como um caso de sucesso de estímulo ao desenvolvimento sustentável de um setor produtivo, e teve como principal resultado a eliminação da queima da palha da cana-de-açúcar como método pré-colheita, com a consequente melhoria da qualidade ambiental dos municípios canavieiros.
O Protocolo Etanol Mais Verde estabeleceu 10 Diretivas Técnicas de Sustentabilidade, regulamentadas pela Resolução Conjunta SAA/SMA n° 3, de 06 de abril de 2018:
A- Eliminação da queima dos canaviais;
B- Adequação à Lei Federal 12.651/2012
C- Proteção e restauração das áreas ciliares
D- Conservação do solo
E- Conservação e reuso da água
F- Aproveitamento dos subprodutos da cana-de-açúcar
G- Responsabilidade socioambiental e certificações
H- Boas práticas no uso de agrotóxicos
I- Medidas de proteção à fauna
J- Prevenção e combate aos incêndios florestais