Mercado

Projeto vai garantir muda de qualidade para produtor do Nordeste

Com o objetivo de fornecer cana-semente sadia, livre de patógenos, para pequenos e médios produtores do setor sucroalcooleiro, o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), do Ministério da Ciência e Tecnologia, está buscando parcerias, junto à iniciativa privada, nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas – que são os maiores produtores de cana da região nordestina -, para a implantação do Projeto Cana de Meristema para o Nordeste.

Este programa vai criar condições para o aumento da produtividade das lavouras dos pequenos e médios produtores que terão acesso a material genético com a mesma qualidade das mudas utilizadas pelas usinas de grande porte. O projeto consiste na produção e distribuição, no período de quatro anos, de 60 milhões de mudas de cana-de-açúcar micropropagadas na Biofábrica Governador Miguel Arraes, pertencente ao Cetene.

O uso de cana-semente sadia – isenta de patógenos que provocam as principais doenças da cana-de-açúcar – poderá elevar em até 30% o potencial produtivo da cultura, desde que associado à utilização de variedades mais produtivas e a práticas adequadas de cultivo. As usinas da região também serão beneficiadas por esse programa que possibilitará a melhoria da qualidade da matéria-prima entregue pelos fornecedores.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério de Ciência e Tecnologia, o projeto prevê que as mudas produzidas pela Biofábrica Governador Miguel Arraes e já aclimatadas serão distribuídas gratuitamente para os assentamentos da reforma agrária que produzam cana-de-açúcar e fornecedores com produção de até 2 mil toneladas por ano. Para os fornecedores de 2 a 10 mil t/ano, a contribuição para o programa será de R$ 0,10 por muda. Entre 10 e 50 mil t/ano, R$ 0,15/muda e entre 50 e 100 mil t/ano R$ 0,20/muda e, acima disso, R$ 0,25/muda.

Banner Revistas Mobile