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Projeto promove gestão agroenergética sustentável em Sergipe

Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), autoridades ambientais estaduais e da cidade de Capela, no Leste Sergipano, produtores agroindustriais e assentados que vivem e produzem cana no entorno do Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, reuniram-se na semana passada em prol do projeto Planejamento do Projeto Gestão Ambiental e Proteção da Biodiversidade em Culturas Energéticas no Entorno de Unidade de Conservação no estado do Sergipe. O objetivo do projeto é integrar procedimentos de gestão ambiental em estabelecimentos rurais dedicados ao setor agroenergético, visando organizar esforços de proteção da biodiversidade em áreas de conservação. “Além da produção sucroalcooleira em Capela, iniciamos as articulações institucionais para desenvolvimento do projeto na Estação Biológica de Caratinga (MG), habitat do macaco muriqui-do-norte e que tem no seu entorno floresta energética de eucalipto, bem como o noroeste da floresta amazônica, em Tailândia, PA, com interação com produção de dendê para biocombustível”, afirma Geraldo Stachetti Rodrigues, coordenador do projeto e pesquisador da Embrapa Meio Ambiente.

A ação, que aconteceu de 5 a 7 de julho, tem a parceria da Embrapa, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e de Recursos Hídricos de Sergipe (Semarh), Prefeitura de Capela e Ministério do Meio Ambiente (MMA), e faz parte do Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para a Biodiversidade (Probio II / GEF-MMA) e tem recursos do Banco Mundial.

O pesquisador apresentou a metodologia de pesquisa aos agricultores do assentamento José Emídio dos Santos, onde se encontra a área de proteção. Segundo ele, os estados de Sergipe, Minas Gerais e Pará serão pioneiros no estudo. “Todos os conhecimentos e tecnologias desenvolvidas ao longo o estudo são transferidos para os produtores que atuam e moram na área, além dos demais atores envolvidos na conservação do refúgio. O objetivo é garantir a sustentabilidade da atividade agroenergética com a proteção da biodiversidade, uma prioridade do MMA”.

De acordo com o especialista, a partir de agosto a equipe do projeto deve retornar à Unidade de Conservação para iniciar a execução dos trabalhos, com levantamento de dados em campo e diálogo com os produtores locais. Serão iniciadas conversas com o Incra e lideranças para planejar trabalhos de campo.

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