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Programa de bioetanol enfrenta sua maior crise

O Brasil precisa criar políticas públicas para assegurar a continuidade do programa de bioetanol brasileiro e evitar ou minimizar as sucessivas crises pelas quais tem passado desde que foi criado na década de 1970, sob a alcunha de Programa Nacional do Álcool (Proálcool), para enfrentar os choques de preço do petróleo.

A avaliação foi feita por representantes do governo, de instituições de pesquisa e das indústrias sucroalcooleira e automotiva, que participaram diretamente dos processos de planejamento, implantação e construção do Proálcool, durante o seminário “O renascimento do bioetanol brasileiro: os fundadores do Proálcool”, realizado pelo Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da Universidade de São Paulo (USP) no dia 4 de junho.

Na opinião de participantes do evento, de todas as crises pelas quais o programa de bioetanol brasileiro passou ao longo das últimas décadas, a que está vivendo hoje – caracterizada pela estagnação da produção do álcool no país e o elevado endividamento de diversas usinas – é a mais grave. Isso porque ela depende de uma intervenção do governo para ser solucionada, enquanto as crises anteriores foram sanadas por meio de soluções tecnológicas.

“A crise atual é a mais séria, porque depende de políticas públicas para corrigir a distorção do preço da gasolina, que está congelado, enquanto os custos de produção do álcool e da cana dobraram nos últimos oito anos”, disse Maurílio Biagi Filho, pertencente a uma tradicional família de usineiros do país que fundou a usina Santa Elisa e um dos primeiros signatários do Proálcool.

A opinião de Biagi Filho foi compartilhada por Cícero Junqueira Franco, fundador da Usina Vale do Rosário e um dos idealizadores do Proálcool juntamente com o engenheiro Lamartine Navarro Júnior (1932-2001).

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