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Produtores precisam investir R$ 97 bi até 2020 para atender demanda interna

Os produtores de etanol precisam investir R$ 97 bilhões até 2020 para atender o aumento da demanda interna de 170%, segundo estimativa da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), no “Plano Decenal de Expansão de Energia 2020 (PDE)”. A lembrança é do deputado Arnaldo Jardim, que reforça ainda que o investimento é necessário também devido o promissor mercado internacional de biocombustíveis, que cresce a uma taxa de 13% ao ano e que deve se consolidar ainda mais na esteira do combate às emissões de gases de efeito estufa. “Mas, se o futuro nos reserva um céu de brigadeiro, o presente do setor sucroenergético é desafiador e exige ação imediata”.

Na opinião do deputado, uma série de medidas precisam ser alavancadas pelo segmento sucroenergético. “É fundamental evitar a comparação de desiguais, pois mesmo com fortes oscilações na cotação do barril de petróleo, o preço da gasolina não sofre alterações desde 2009. Há necessidade de definir uma equiparação de procedimentos”, diz.

Ele afirma que há uma grande injustiça tributária, já que em janeiro de 2002, a participação dos impostos sobre o preço da gasolina na bomba era de 47%, percentual que foi caindo ao longo dos anos para os atuais 35%. “No mesmo período, a Cide, que compõe o valor de bomba da gasolina, declinou de 14% para 2,6% em outubro de 2011. Em contrapartida, os tributos embutidos no preço do etanol estão, hoje, em 31% (média Brasil), o que coloca em xeque a sua competitividade”, lembra.

O político resume que não há nenhum tipo reconhecimento sobre os impactos positivos do etanol sobre a economia, a saúde pública, a qualidade do ar, a geração de empregos e de divisas para o País. “Há tempos também defendo a unificação da alíquota de ICMS do hidratado, a exemplo do que fez o Estado de São Paulo que reduziu a alíquota de 25% para 12% o que aumentou a arrecadação, reduziu as fraudes e trouxe o mercado para formalidade”.

E não deixa de citar a necessidade de políticas públicas capazes de garantir a estabilidade, previsibilidade e o planejamento para os biocombustíveis. “Isso só será possível com uma Política de Estado, clara e perene, para assegurar um crescimento sustentável da produção do “combustível do futuro””, finaliza.

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