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Produtores explicam porque álcool ficou tão caro

Depois de uma reunião de quase duas horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os

produtores de álcool se comprometeram a baixar os preços para as distribuidoras. Para o consumidor, ainda não há prazo para essa redução chegar às bombas. Há dois meses o técnico em eletrônica Janderval Lemos comprou um carro a álcool. Queria economizar. Hoje está arrependido. “O álcool está mais caro. Está quase o preço da gasolina”, diz ele.

O último aumento, em média de 27%, não respeitou o compromisso fechado entre produtores e governo, no início do ano, de que o álcool não ultrapassaria 60% do preço da gasolina. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, em janeiro, o álcool chegou a custar 62,9% em relação à gasolina nos postos da Região Sudeste e 70,5% no Centro Oeste.

Essa reunião no Palácio do Planalto foi para os produtores se explicarem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a reunião dizendo que estava decepcionado com o setor. Os produtores admitiram que alguns não respeitaram mesmo o acordo e voltaram a prometer. Vão cumprir o compromisso dos 60% e baixar o preço do álcool que vai das usinas para as distribuidoras. Agora,quando essa redução vai aparecer nas bombas, nem eles nem o governo arriscaram dizer.

“Não foi definido um prazo. Eu não posso afirmar que essa reação de preço vai ocorrer em uma, duas, três, quatro semanas”, fala o porta-voz da presidência André Singer. E para conseguir essa redução do preço, os produtores se comprometeram a aumentar a oferta de álcool, antecipando a colheita da próxima safra e reduzindo a exportação de açúcar. Para que ninguém desrespeite de novo o acordo, vão ser assinados contratos. E o governo vai fiscalizar os distribuidores.

( Jornal Nacional)

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