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Produtores e indústrias querem antecipar metas

Com a produção de biodiesel batendo recordes, o governo estuda antecipar a obrigatoriedade de acréscimo de 2% do produto ao óleo diesel para o próximo ano. A meta era tornar a mistura obrigatória a partir de 2008, e aumentar a quantidade para 5% em 2013. A antecipação é reivindicação dos produtores do óleo e das indústrias.

Ontem, 22 associações ligadas à área entregaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma carta pedindo o adiantamento da meta. As entidades reivindicavam ainda a antecipação do quinto leilão de biodiesel, marcado para do próximo ano. O presidente disse que a antecipação é possível, mas que ela deve ser feita em harmonia com o mercado. “Nós não queremos atropelar o processo, porque senão a gente vai com muita sede ao pote, se for preciso apertar um pouco, vamos apertar, mas trabalhando conjuntamente”, disse Lula que, na semana passada, já havia participado de outro evento na área de biodiesel, para a assinatura de contratos.

Lula disse ainda que é preciso tomar cuidado para que os erros cometidos no Proálcool – programa de estímulo à produção de álcool combustível lançado em meados dos anos 70 – não se repitam no programa do biodiesel. “Nós temos aí, praticamente, 31 anos do álcool para a gente não permitir que se repitam erros que foram cometidos em outros momentos e que agora, me parece, estamos consertando”, afirmou o presidente.

Antecipação dos 5%

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, a obrigatoriedade de adicionar 5% de biodiesel também poderia ser antecipada. A ministra, porém, disse que não há prazos para que isso aconteça.

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, explicou que nos quatro leilões de biodiesel realizados até agora foram arrematados 840 milhões de litros, volume esperado para 2007. “Isso facilita a antecipação das metas, mas é preciso primeiro acompanhar o mercado, para ver como ele reage”, ponderou o ministro.

O presidente Lula pediu que sejam formadas alianças entre trabalhadores, governo, empresários, indústrias e consumidores, para que “não haja distorção no sistema produtivo e no sistema de consumo”. Lula cobrou ainda dos produtores responsabilidade ambiental na produção do óleo.

“Ninguém vai tirar uma castanheira de 300 anos para colocar um pé de mamona, esse juízo é que nós temos que ter – lembrou o presidente.

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