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Produtores do Nordeste reúnem-se em Brasília pela subvenção

Na próxima semana, a classe canavieira nordestina voltará a discutir a questão da continuidade do subsídio da cana em Brasília. Várias entidades ligadas ao setor no Nordeste estão trabalhando juntas para reativar o programa de equalização de custos da cultura canavieira. A votação da Medida Provisória 543/2011 pela Câmara dos Deputados, é bem vinda pelos produtores pois autoriza a União a conceder a instituições financeiras subvenção econômica para contratação e acompanhamento de operações de microcrédito produtivo orientado. O relator da matéria, o deputado federal Heleno Silva (PRB-SE), já destacou que vai solicitar, durante apresentação de sua análise, a continuidade do programa de subvenção do governo.

Nos dias 8 e 9 de novembro a Asplan da Paraíba, participa de uma reunião com o senador Renan Calheiros (PMDB) sobre o assunto. O parlamentar defende a liberação da subvenção econômica sem a necessidade da apresentação da certidão negativa de dívidas junto a instituições oficiais. “Vamos nos reunir com o Renan Calheiros para fortalecer nossa luta pela subvenção. Queremos também que o governo entenda que o país precisa ter políticas públicas continuadas para garantir seu crescimento e não medidas provisórias. A subvenção é fundamental para o produtor de cana de açúcar nordestino”, lembra o presidente da Asplan, Murilo Paraíso.

O presidente da União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida), Alexandre Lima, acredita na sensibilidade do governo. “A continuação do programa representa o equilíbrio da produção canavieira da região. Se o governo deseja manter a cana no Nordeste brasileiro, gerar empregos e diminuir as demandas sociais, ele vai ter que dar continuidade ao programa”, diz.

Segundo ele, a equalização é um sistema de compensação de custos de produção no Nordeste, que são maiores do que os do Centro-Sul. “Precisamos da equalização dos custos para sobreviver, tanto que todos os anos nós estamos em Brasília lutando por isso. Sem essa compensação, a região perde competitividade no mercado”, enfatiza.

De acordo com o dirigente, caso os deputados federais não aprovem a medida, o relator da matéria, o deputado Heleno Silva, deve agenciar pelo menos a subvenção da classe para ressarcir as perdas da safra 2010/2011. “Em sua relatoria, o deputado vai solicitar a manutenção do programa de subvenção, mas se não passar pelo crivo dos colegas, ele vai garantir ao menos a subvenção da última safra”, observa.

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