O microbioma vem ganhando destaque na atividade agrícola quando o assunto é trazer vida ao solo. Adotar novas práticas de manejo e inovações em busca da produtividade tem se tornado alternativas de muitos produtores para enfrentar os desafios diários do campo. É o caso dos irmãos Renato e Ricardo Delarco, produtores de cana com propriedade em Paraíso (SP), a Fazenda São Luiz, onde utilizam diferentes tecnologias para conseguir canaviais de excelência.
“Começamos a usar o Microgeo®️ só no cortador de soqueira. Agora passaremos a usar o produto em profundidade de 30 a 60 centímetros, para enriquecer a subsuperfície também com a matéria orgânica, além do calcário e fósforo. Com isso, o solo fica corrigido, tanto na parte biológica como na química, dando suporte para as raízes crescerem e irem ao encontro de água, sentindo menos a seca”, explicou Ricardo.
Ele comenta que com o procedimento, espera ter redução de custo e produtividade, mas, principalmente, longevidade do canavial. Atualmente, os produtores plantam 2500 hectares, com idade média de 3.8 cortes e produtividade acima de 105 toneladas por hectares em canaviais que variam do 1º ao 10º corte. “Quando falamos em produtividade, queremos estabilizar a produção. É chegar a um patamar de produção e manter esse patamar. Isso é o que estamos buscando”, destacou Renato.
No ano passado, os produtores, que fornecem cana para a Usina Nardini, começaram a trabalhar com microbiologia. Inicialmente, a parte mecânica foi feita com equipamentos fabricados sob medida para ajudarem nos manejos. Depois foi incrementado a parte química e agora, intensificam o biológico para conquistar canaviais com altas produtividades.
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“A seca afetou muito a lavoura este ano. Estamos pensando em antecipar a renovação do canavial em algumas áreas, pois a cana não desenvolveu ainda o suficiente”, contou Ricardo, ressaltando que a adubação biológica beneficia a agregação do solo, diminuindo a compactação, a erosão e aumenta a infiltração e retenção de água, fato ideal em época de déficit hídrico, como ocorreu este ano.
Em outubro, os agricultores inauguraram uma BIM – Biofábrica Inteligente Microgeo®️. Na ocasião, os Delarco sediaram uma micro-feira, com fornecedores de inovações e tecnologias, usadas em sua fazenda. Os convidados também conheceram o funcionamento da biofábrica, uma estrutura de 150 mil litros para produzir adubo biológico a partir de conteúdo ruminal, Microgeo®️ e água não clorada. A partir do 15º dia, essa compostagem líquida contínua fica pronta para ser aplicada nos canaviais.
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De acordo com Antonio Marcos da Silva, da Microgeo®️, o produtor pode tirar 15 mil litros de composto por dia para o uso no campo. Após a retirada, repõe a água e o Microgeo®️ e no dia seguinte o adubo biológico já está pronto novamente para uso. “Você pode aplicar 300 litros por hectare em cana uma única vez ou pode parcelar em duas vezes na aplicação no solo. Também pode fazer a aplicação foliar, neste caso, considerando de 3 – 5% do volume total da calda com Microgeo®️“, explica.
Silva reforça que cada vez mais cresce o interesse dos produtores rurais pela adubação biológica. “”A região de São José do Rio Preto já conta com fornecedores que usam o Microgeo®️ há oito safras com resultados muito bons”, contou. O profissional enfatiza que o adubo biológico produzido com Microgeo®️, ao restabelecer o microbioma do solo, contribui para um processo produtivo mais eficiente e sustentável.
Esta matéria faz parte da Edição 321 do JornalCana. Para conferir, clique AQUI.