O Estado de Minas Gerais é um tradicional produtor de cana-de-açúcar. Sabe-se também que a região de Campo Florido é uma das mais produtivas de todo o Brasil. Mas outra região mineira também se destaca pelos números superlativos quando se trata de produtividade agrícola da cana. Trata-se de Tupaciguara, que vem se tornando referência graças aos tratos culturais realizados e dentre eles está o manejo biológico e sustentável.
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Um caso relevante é o do produtor e consultor João Ulysses Andrade. Seus números dessa safra justificam. Em uma área tratada de 4.400 hectares de cana, o valor de toneladas por hectare (TCH) é de 115. Além disso, o teor de açúcar total recuperado (ATR) é 138.8. Bons números que resultam de uma estratégia de manejo biológico e sustentável. O produtor conta que para combater pragas do solo ainda utiliza inseticida químico, mas já integra biológicos, como, por exemplo, 100% do nematicida utilizado.
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Andrade também revela que faz uso de precursor hormonal, bioestimulante e bactéria para ajudar na estimulação, principalmente da absorção de nitrogênio. “Sempre trabalhamos com cotesia no manejo de broca, associado ao controle químico. Porém, de alguns anos pra cá, cortando soqueira em 100% da área, estávamos desconfortáveis com a quantidade de químico na operação. Fizemos vários testes para redução – principalmente para o controle de nematóides – e hoje realizamos 100% da operação de corte de soqueira com biológico. Também trocamos os hormônios sintéticos por bactérias e bioestimulantes“, explica o produtor.
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Ele ofereceu mais detalhes durante o painel da 2ª Maratona CANABIO intitulado Manejo Biológico & Sustentável de Cana-de-açúcar.