Mercado

Produtividade pode melhorar com novas variedades

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“Adotar novas variedades de cana-de-açúcar é o caminho neste processo de renovação pelo qual estamos passando. Temos informações que elas têm um potencial produtivo acima de 11% em relação ao grupo varietal usado atualmente. Quanto mais rápido entrarem no mercado, melhor será o resultado”.

A frase é de Marcos Landell, pesquisador do Centro de Cana do Instituto Agronômico (IAC) durante a segunda reunião do Grupo Fitotécnico, realizada em 9 de abril, em Ribeirão Preto (SP). Na ocasião, mais de 100 pessoas estiveram presentes e puderam acompanhar o debate sobre a produção de mudas em cana-de-açúcar. Entre outros pontos, foi apresentado o trabalho realizado pelo IAC, denominado M.P.B (Mudas Pré-Brotadas).

A tecnologia é capaz de realizar uma mudança na forma de produção de mudas, substituindo a distribuição de colmos como semente pelo novo sistema. “A baixa na produtividade vivida nos últimos ciclos se deve, entre outros pontos, ao uso excessivo de mudas, que brotam diversas gemas, ou seja, elas acabam brigando por água, luz e nutrientes. Isso pode afetar a produtividade da cana de primeiro corte”.

A nova tecnologia trabalha através de um sistema de multiplicação que poderá contribuir para a produção rápida de mudas, unindo elevado padrão de fitossanidade, vigor e uniformidade de plantio. O objetivo é alcançar o aumento de eficiência e ganhos econômicos na implantação de viveiros, replantio de áreas comerciais e renovação e expansão de áreas de cana-de-açúcar.

Sobre as perspectivas para as safras consequentes, o representante aponta que para mudar o cenário atual, o setor precisa rever os métodos aplicados. “No último ano, em novembro, fizemos uma reunião que deixou claro a adoção de novas variedades de cana pelos produtores. Mais de 50% dos entrevistados indicaram a adoção de variedades lançadas nos últimos oito anos. Isso é um ótimo indicador e nos deixa muito satisfeito”.

Contudo, os resultados destes investimentos devem aparecer só na safra 2014/15. Para este, a aposta é no trabalho realizado na entressafra, além do clima, que tem favorecido muitas regiões até o momento. “Pelo que tenho observado, as chuvas estão bem distribuídas, o pessoal tem feito um bom manejo nutricional, assim como um bom controle de mato. Sem contar que estão dominando melhor o plantio mecânico, que foi um dos causadores da redução de produtividade nos últimos anos. Todos estes fatores devem impulsionar a produtividade já neste ciclo”, finaliza.

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