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Produção estratégica de açúcar e álcool frente à demanda nacional e internacional

O presente trabalho tem como objetivo de analisar a tendência de como a produção brasileira de açúcar e álcool, derivada da cana-de-açúcar, será direcionada num futuro próximo frente à possível demanda internacional pelo etanol, considerada como uma nova energia renovável e ecologicamente correta

Justifica-se por entender que todos estes fatores colocam o Brasil e o setor sucroalcoleiro na vanguarda da produção, comercialização e exportação dos biocombustíveis ao redor do mundo. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de ordem qualitativa. Conclui-se que serão os preços internacionais do açúcar e do álcool que determinarão a produção destes.

INTRODUÇÃO

O açúcar e o álcool, tais como a soja e o petróleo, são commodities internacionais, e, assim sendo, têm uma importância nas trocas internacionais. Mas, mas os seus preços não são cotados pelos gestores das usinas sucroalcooleiras, mas, sim, pelo mercado internacional, em especial pelos mercados norte-americanos, europeu e japonês.

Este cenário demonstra que as probabilidades que as usinas sucroalcooleiras têm para elevar ao máximo seus ganhos são por meio de controle das despesas e na redução dos custos de produção.

Portanto, as lucratividades do negócio ficam cada vez mais subordinadas aos custos de produção, pelo aumento da produtividade e longevidade dos canaviais e das habilidades dos negociadores internacionais ligados à comercialização dos sub-produtos da cana de açúcar. (UDOP, 2008).

Contudo, verifica-se um crescimento da construção de novas usinas de açúcar e álcool impulsionado pela crescente demanda pelos produtos da cana-de-açúcar que se deve, principalmente, a não dependência dos produtos derivados do petróleo e à preocupação dos países europeus e asiáticos em fontes renováveis de energia.

O Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC, 2008) prevê para os próximos anos, um crescimento ainda maior do mercado internacional, especialmente devido ao fato de recentes conquistas do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), no que diz respeito às barreiras tarifárias e não tarifárias, sobretudo ao açúcar brasileiro, impostas pelos países da União Européia.

Neste contexto, o objetivo central desta pesquisa é analisar a tendência de como a produção de açúcar e álcool será direcionada num futuro próximo, frente à possível crescente demanda internacional pelo etanol, considerada como uma nova energia renovável e ecologicamente correta.

Para atingir o objetivo central, fez-se necessário uma pesquisa bibliográfica, cujo arcabouço teórico está apresentado ao longo deste trabalho nas seções que se seguem.

A INDÚSTRIA SUCROALCOLEIRA NO BRASIL

Desde o surgimento do Programa Nacional do Álcool (PROALCOOL), criado para amenizar os efeitos da crise do petróleo nos anos 70, do século passado, o setor sucroalcoleiro ganhou maior importância na economia do país. Até 1975 quase não se utilizava cana-de-açúcar para a produção de álcool, que era elaborado nas destilarias anexas as usinas e de forma secundária.

De acordo com Souza (2006, p. 32) os produtores preferiam produzir melaço e comercializá-lo, a produzir o álcool em pequena quantidade. Segundo o autor, a produção de álcool no país teve três períodos de expansão:

De 1975 a 1979 iniciou-se a produção de álcool anidro para adição a gasolina. De 1980 a 1985 obteve-se o aumento da produção de álcool hidratado para ser utilizado nos motores movidos à álcool. Por fim um período de desaceleração e crise 1986 a 1990, com o fim dos subsídios ao setor e utilização de políticas de desregulamentação

A agroindústria canavieira do Brasil se reestruturou após o processo de desregulamentação de suas atividades, que significou o fim do monopólio do governo federal nas exportações (IAA, 1999).

No final do século XX, o setor sucroalcoleiro é considerado internacionalmente como uma das melhores alternativas para o fornecimento de energia limpa e renovável tais como: geração de energia elétrica, álcool anidro e hidratado e a levedura, que em última instância, torna-se uma ração animal. (Confira texto completo no site do Portal do Agronegócio – MG)

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