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Produção de veículos bate recorde

O primeiro trimestre foi o melhor da indústria automobilística brasileira em produção e exportação. Foram produzidos 631,7 mil veículos: aumento de 7,8% em relação a igual período de 2005. Só em março, a produção chegou a 230,8 mil unidades. Recorde do setor. O melhor mês até então foi agosto do ano passado, com 230,6 mil unidades. A produção de março superou em 12,3% a de fevereiro.

As vendas para o mercado externo totalizaram US$ 2,64 bilhões no primeiro trimestre – superando em 10,9% as exportações do mesmo período de 2005. Em março, as vendas externas chegaram a US$ 984 milhões, 1,6% mais do que março do ano passado. As exportações representam 33% dos veículos produzidos no País. Mas esse porcentual está longe de ser o teto, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Golfarb. Nossa capacidade ociosa é de 30%, podemos avançar muito mais, porque os mercados externos estão sedentos por produtos de baixo custo e de qualidade. Para ele, o Brasil pode ser uma alternativa à China.

Apesar dos recordes, Golfarb alerta que o ritmo de crescimento das vendas externas está caindo. No primeiro bimestre, as exportações subiram 14,6%, contra os 10,9% dos três meses. O período é curto, mas é suficiente para indicar queda no crescimento. Em 2004, as exportações subiram 48,6% e, em 2003, de 33,5%.

Entre os fatores responsáveis pela gradativa perda de fôlego das exportações estão a valorização do real e a dificuldade de liberação de créditos do ICMS, por falta de acordo entre governos federal e estaduais. Estamos pagando para exportar, afirmou Golfarb.

As vendas internas também aumentaram, mas sem recordes. No primeiro trimestre foram vendidos 417,5 mil veículos – 12,6% mais que o mesmo período de 2005. De março para fevereiro, as vendas subiram 22,6%, mas como há diferença de quatro dias úteis de um mês para o outro, esse porcentual não é significativo.

Para ter idéia, a média diária de vendas subiu 1,3%.

BICOMBUSTÍVEIS

Apesar da queda na venda de álcool hidratado, a participação dos automóveis e comerciais leves com motor bicombustível foi recorde em março. Do total de veículos comercializados no mercado interno, 77,6% eram movidos a álcool e a gasolina. A alta foi de 1% em relação a fevereiro. Os três primeiros meses desse ano já superam em 25,6% a venda desses veículos em todo o ano de 2005. O consumidor entende que o preço do álcool não é definitivo, por isso a tecnologia flex continuará sendo procurada, afirmou Golfarb.

A venda de carros movidos apenas a gasolina caiu de 19,3% em fevereiro para 17,9% em março. A participação dos veículos a diesel foi de 4,4% em março – 0,5% menor do que em fevereiro. Os automóveis a álcool tiveram nova queda: a participação passou de 0,2% em fevereiro para 0,1% em março.

MÁQUINAS AGRÍCOLAS

A Anfavea registrou aumento de 19,1% nas vendas internas de máquinas agrícolas no atacado, de março para fevereiro. A média diária, no entanto, foi negativa em 1,6%. Em comparação com março do ano passado, o número de máquinas comercializadas teve queda de 4,3%.

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