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Produção de soja caiu 4,56% em 2004, diz IBGE

A pesquisa Produção Agrícola Municipal 2004, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que a produção nacional de soja caiu 4,56% no ano passado e somou 49,55 milhões de toneladas. Segundo o IBGE, a queda foi conseqüência de condições climáticas desfavoráveis no final do ano.

Apesar do recuo na produção, o país continuou sendo o segundo maior produtor de soja, responsável por 24% do total mundial.

A soja respondeu em 2004 por 30% do valor de toda a produção agrícola nacional. Ela é também a cultura com maior área plantada (21,60 milhões de hectares).

O cultivo da soja está presente em 19 unidades da federação. Em 2004, os Estados de Roraima e de Alagoas registraram produções da oleaginosa pela primeira vez.

Apesar do excesso de chuvas e dos focos da ferrugem asiática, o Estado do Mato Grosso consolidou sua posição de principal produtor nacional ao responder por 29,30% da produção nacional.

Entre os dez maiores produtores municipais de soja em 2004, sete estão concentrados no Mato Grosso, dois em Goiás e um na Bahia. Estes municípios concentraram 17,32% do total produzido no país. O município de Sorriso, no Mato Grosso, é o maior produtor brasileiro de soja, seguido dos municípios mato-grossenses de Sapezal e Campo Novo do Parecis.

A produção de 49,55 milhões de toneladas de soja no país em 2004 frustrou as expectativas iniciais de que fossem colhidas 58,9 milhões de toneladas. Houve aumento da área plantada de 12,56% em razão das cotações favoráveis do complexo soja, do aumento da demanda por parte dos países asiáticos e do bom nível de capitalização dos produtores. Além disso, a safra norte-americana apresentou quebra significativa.

O cenário favorável, no entanto, não evitou a queda na produção com a piora das condições climáticas em dezembro. Os Estados da região Sul foram afetados por uma forte estiagem, e os Estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais registraram chuvas excessivas que resultaram em perdas na lavoura.

Algodão

Os preços favoráveis praticados no mercado levaram a um aumento de 61,27% da área cultivada de algodão herbáceo, que registrou um aumento na produção de 72,71%.

A expansão ocorreu principalmente no Estado do Mato Grosso, responsável por metade da produção brasileira, com a incursão do grande produtor à cultura do algodão. A utilização de novas áreas e tecnologias proporcionou um aumento significativo da produtividade, que passou de 1.390 kg/ha em 1994 para 3.302 kg/ha em 2004.

O maior produtor foi o município de São Desidério (Bahia). Ele foi responsável por cerca de 45% da produção baiana e 8% da produção brasileira.

Cana-de-açúcar

A produção nacional de cana-de-açúcar cresceu 4,85% em 2004 na comparação com o ano anterior e alcançou 415,21 milhões de toneladas. Segundo o IBGE, o crescimento pode ser creditado ao comportamento dos preços do álcool e do açúcar.

No Estado de São Paulo, principal produtor nacional, com cerca de 57,69% da produção do país, houve um crescimento de 5,06%, somando 239,53 milhões de toneladas.O principal município produtor brasileiro é Morro Agudo, situado na região nordeste do Estado.

A recuperação do preço do álcool foi impulsionada em razão de uma maior demanda dos carros movidos a combustíveis flex fuel (gasolina e álcool). Além disso, as exportações de álcool combustível foram maiores que as de álcool industrial pela primeira vez na história, correspondendo a cerca de 60% do total.

Arroz

A produção de arroz atingiu um novo recorde em 2004 com 13,28 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 28,47% em relação ao ano anterior. A região Sul respondeu por 56,73% da produção nacional, com destaque para o Rio Grande do Sul, principal produtor, que deteve 47,74% do total produzido.

A região Centro-Oeste, a segunda maior produtora, teve sua produção elevada em 60,56%. O Estado do Mato Grosso é o principal produtor na região e conseguiu se manter na segunda colocação no ranking nacional dos Estados produtores de arroz.

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