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Produção de petróleo diminui no Irã e exportação deve cair à metade

A Agência Internacional de Energia (AIE) calcula que as exportações de petróleo do Irã terão uma queda de 50% quando o embargo internacional entrar totalmente em vigor, no início de julho. Segundo as estatísticas da agência, a produção petrolífera do país já está no nível mais baixo dos últimos dez anos.

Os embarques cairão num volume de pelo menos 800 mil barris diários, disse David Fyfe, diretor da divisão de mercado e indústria da AIE, citando conversas com representantes de empresas do setor. No relatório divulgado ontem, a agência, que presta assessoria a 28 nações industrializadas, disse que as exportações iranianas não atingiram 2 milhões de barris/dia em fevereiro – em novembro, a média ficou em 2,6 milhões. Em fevereiro, a produção teve uma queda de 50 mil barris/dia, para um total de 3,38 milhões barris/dia.

“É provável que o Irã irá procurar intensamente novos compradores para uma quantia de 800 mil a 1 milhão de barris”, disse Fyfe. “Esse deve ser o piso das potenciais reduções nas exportações iranianas. Poderá ser muito mais do que isso.”

O ministro do Petróleo iraniano, Rostam Qasemi, refutou as estimativas da AIE e disse que o governo do país reduziu a dependência das receitas petrolíferas. Numa entrevista no Kuait, afirmou que nem a produção e nem as exportações tiveram queda, e que o país espera ter neste ano a mesma receita de 2011. “Estamos exportando de acordo com aquilo que foi acertado na Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo]”, afirmou Qasemi. “O mundo é grande o suficiente e cheio de clientes.”

De acordo com a AIE, quase todos os compradores de petróleo iraniano vão interromper os negócios devido às sanções aplicadas pelas potências ocidentais em retaliação ao programa nuclear do país. O relatório da agência afirma ainda que as seguradoras europeias já anunciaram a suspensão de cobertura para navios que atracarem em portos do país.

Ao mesmo tempo em que alguns países europeus já interromperam as importações, Índia e Coreia do Sul aumentaram o volume das compras. As importações chinesas tiveram uma queda de 50% em janeiro, mas que se deveu a uma divergência em relação a preços que já foi resolvida. Segundo a AIE, alguns países compradores conseguiram descontos do Irã.

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