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Produção de gás natural caiu 1,39% em junho

A produção de gás natural no país caiu para 49,077 milhões de metros cúbicos diários em junho, conforme dados divulgados ontem pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biodiesel (ANP). Isso significa redução de 1,39% em relação a maio e de 1,93% em relação a junho de 2005.

O total efetivamente disponível para o mercado interno, descontando-se a queima, reinjeção e consumo próprio da Petrobras, também registrou queda em junho, situando-se em 26,596 milhões de metros cúbicos – 1,25% inferior a maio e praticamente igual ao registrado em junho de 2005 (aumento de 0,06% no intervalo de 12 meses).

Apesar da ampliação na produção de petróleo, a produção de gás natural tem se mantido estabilizada há quase dois anos. Os técnicos da Petrobras explicam que a exploração de gás no Brasil ocorre de forma associada à produção de óleo bruto, mas nem sempre é possível aproveitar o gás com a instalação de novas plataformas de produção.

Para isso, teriam de ser construídas novas instalações, especialmente gasodutos, o que exige investimentos, além de contratos prévios de longo prazo. Por isso, nem sempre a produção dos dois combustíveis caminha no mesmo ritmo.

Queimados 6,608 milhões de metros cúbicos de gás

Pelos dados da ANP, a Petrobras queimou o equivalente a 6,608 milhões de metros cúbicos de gás natural em junho, com queda de 0,74% em relação ao observado em maio e 28,01% abaixo do registrado em junho de 2005. Esse volume seria suficiente para abastecer toda a frota de veículos movidos a GNV no país, estimada em 1 milhão de automóveis.

Em meados de 2005, a queima de gás atingiu recorde, 10,1 milhões de metros cúbicos em maio de 2005. Desde então, o desperdício foi reduzido, caindo para 4 milhões no final do ano passado/início deste ano, quando voltou a subir, atingindo 6,657 milhões em maio, o mais elevado este ano.

Além da queima, a Petrobras reinjetou o equivalente a 8,662 milhões de metros cúbicos de gás natural em junho. Isso ocorre principalmente no campo de Urucu, no Amazonas, por falta de gasodutos para o aproveitamento do combustível.

No início do ano a Petrobras assinou contrato com o grupo Eletrobras e a previsão é concluir a construção do gasoduto das térmicas da Eletrobrás por volta de 2008/2009. O consumo próprio da Petrobras, especialmente nas plataformas e refinarias, somou 7,212 milhões de metros cúbicos em junho.

Em relação a maio, esse patamar indica queda de 2,65%, mas está 12,45% superior ao observado em junho de 2005.

Consumo de combustíveis volta a ter queda, de 2,64%

O consumo de combustíveis líquidos voltou a registrar queda em junho, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biodiesel (ANP), somando 7,89 bilhões de litros naquele mês. O volume representa queda de 2,64% em relação a maio) e de 1,98% na comparação com junho de 2005. É o segundo mês em que o consumo de combustíveis recua no ano: em abril havia registrado redução de 3,52% em relação a abril de 2005. Em maio houve recuperação, com aumento de 2,87% em relação a maio do ano passado.

O acumulado no semestre foi apenas 0,65% acima do registrado em igual período do ano passado, bem abaixo das projeções da Petrobras, que estima crescimento superior a 3% para este ano.

Pelos dados da ANP, o único combustível com forte aumento nas vendas este ano tem sido o álcool hidratado, somando 433,23 milhões de litros em junho, com aumento de 2,92% em relação a maio e de 17,59% em relação a junho de 2005. No intervalo de 12 meses, o país passou a consumir cerca de 65 milhões de litros de álcool mensais a mais em relação ao ano passado e já representa cerca de 22,59% do consumo total de gasolina C. Esse tipo de gasolina já inclui cerca de 20% de álcool anidro, o que ilustra a relevância desse tipo de combustível para a movimentação de veículos no Brasil.

Considerando-se os dois tipos (hidratado e anidro). o consumo de álcool combustível no Brasil já é superior a 800 milhões de litros mensais. No caso da gasolina, o volume de vendas das distribuidoras somou 1,917 bilhão em junho, com queda de 4,17% em relação a maio e de 1,23% sobre junho de 2005. No ano, o aumento no consumo da gasolina foi de 1,72% em relação a igual período de 2005. O maior volume comercializado este ano foi em março: 2,028 bilhões de litros e vem declinando.

Os combustíveis industriais, como diesel e óleo combustível, registraram comportamentos díspares. No caso do óleo diesel, o principal produto dentre os oito acompanhados regularmente pela ANP, as vendas em junho somaram 3,135 bilhões de litros, com queda de 2,24% em relação a maio e de 4,24% abaixo do registrado em junho do ano passado. No ano, as vendas desse combustível registram queda de 1,77%.

As vendas de óleo combustível somaram 429 milhões de litros em junho, com aumento de 3,88% em relação a maio, mas 7,68% abaixo do computado em junho do ano passado. No ano as vendas tiveram variação negativa de 6,58%. O óleo combustível tem sido substituído, em algumas indústrias, pelo gás natural. Há cinco anos, o consumo mensal de óleo combustível estava em torno de 800 milhões de litros mensais.

Até o consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, registrou queda em junho, quando o volume atingiu 1,013 bilhão de metros cúbicos, com queda de 3,02% em relação ao mês anterior (maio) e de 0,68% em relação ao registrado em junho do ano passado. No acumulado do ano, as vendas das distribuidoras no mercado interno registraram aumento de 1,39%.

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