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Produção de cana será prejudicada com mudanças no Código Florestal, diz Unida

O Governo Federal negociou estrategicamente a retirada dos artigos 24 e 25 do texto original para tentar colocar em pauta a votação do novo texto do Código Florestal na semana passada. Segundo o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), Alexandre Andrade, estes artigos, que já haviam sido aprovados pela comissão especial da Câmara dos Deputados, garantem a continuidade da produção de cana e de outras culturas consolidadas.

A retirada admite apenas a produção das culturas lenhosas perenes, atividades florestais e pastoreio. Porém, segundo Andrade, não existe justificativa técnica para a medida, porque a cana de açúcar é uma gramínea como as pastagens, e tem um sistema radicular denso que evita a erosão do solo. “O Nordeste será bastante prejudicado, pois as áreas de cultivo da matéria prima do açúcar e etanol são seculares na região”, conta, ressaltando que é uma irresponsabilidade socioeconômica, a mudança da proposta aprovada na comissão especial.

Para Andrade, o setor sucroenergético brasileiro, principalmente o da Região Nordeste, foi pego de surpresa com a mudança e acredita que esta exclusão inviabiliza a produção. “A produção nordestina de cana e banana estão seriamente ameaçadas. Espero que revejam a situação”, conta.

Ele afirma que a entidade está trabalhando junto à bancada dos deputados nordestinos e ruralistas para buscar o reinclusão dos artigos 24 e 25, ou a inclusão das culturas semi-perene no relatório. “Acredito que vamos resolver esta pendência, mas, de qualquer forma, já temos uma emenda pronta e assinada por três lideres de partido para encaminhá-la para votação”, adianta.

Ele informa que, a partir de hoje (9), os dirigentes da Unida estão em Brasília, acompanhando todos os processos.

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