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Produção de cana deve ter avanço de 12,7%

A produção de cana destinada à fabricação de álcool e açúcar deve avançar 12,73% na safra 2009/2010 na região administrativa de Ribeirão Preto em relação à safra anterior, segundo pesquisa do Instituto de Economia Agrícola (IEA).

A previsão é que sejam produzidas 37 milhões de toneladas, contra 34 milhões na safra que acaba de terminar -um aumento de 10,3%.

O maior avanço, porém, deve acontecer na região Central, que inclui São Carlos e Araraquara, com incremento de sete milhões de toneladas de cana.

Apesar do crescimento na produção, o número de novas áreas destinadas à plantação de cana irá sofrer uma desacele ração. Para a safra que está acabando, 216 mil hectares receberam novas plantações de cana nas regiões de Ribeirão, Barretos, Franca e Central. Neste ano, novos canaviais ocuparão 167 mil hectares.

Segundo o pesquisador do IEA Sérgio Torquato, os números previstos para a produção na safra que se inicia em 2009 apontam para uma tendência de menor crescimento do setor sucroalcooleiro. Torquato disse que essa diminuição deve servir para equilibrar oferta e demanda do setor, que vem sofrendo com uma baixa remuneração nas últimas safras.

Os problemas do setor, não ficam restritos aos preços, segundo o assessor técnico da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de SP) Oswaldo Alonso.

“Os produtores que estavam alavancados em financiamentos tiveram que retrair a produção”, afirma Alonso. Ele adiciona às más notícias que chegam aos canaviais os efeitos da crise sobre o crédito, que fez cair drasticamente os novos investimentos em plantações e tecnologias.

Além da falta de dinheiro para a expansão da lavoura, Torquato aponta como fator para a queda no crescimento de canaviais a escassez de áreas. Segunde ele, as regiões ao redor de Ribeirão já são áreas de lavoura consolidadas, sem perspectivas de grande expansão.

“O crescimento projetado para a safra 2009/2010 é bom quando comparado ao crescimento da economia, que deve ser próximo a zero neste ano, mas ruim comparado com os números anteriores do próprio setor”, diz o diretor regional da Unica (União das Indústrias de Cana-de-Açúcar) Sérgio Prado.

De acordo com ele, o grande alívio para o setor neste ano deve vir da demanda externa pelo açúcar, em alta no mercado mundial, além da demanda crescente da frota nacional de carros bicombustíveis.

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