Cogeração

Produção de bioeletricidade sucroenergética tem crescimento de 13%

Cogeração evitou emissão de mais de 1 milhão de toneladas de CO2 em um ano

Produção de bioeletricidade sucroenergética tem crescimento de 13%

De janeiro a abril deste ano, a produção de bioeletricidade sucroenergética foi de 3.030 GWh, representando 65% da geração pela biomassa à rede neste período e um crescimento de 13% entre janeiro e abril de 2019 e 2020, conforme relatório da União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA).

Estima-se que essa energia renovável de 3.030 MWh tenha evitado a emissão de mais de 1 milhão de toneladas de CO2, marca que somente seria atingida com o cultivo de 7,2 milhões de árvores nativas ao longo de 20 anos. Ou geração equivalente a ter poupado 2% da energia armazenada sob a forma de água nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste, por conta da maior previsibilidade e disponibilidade da bioeletricidade justamente no período seco e crítico para o setor elétrico brasileiro.

Souza: o setor sucroenergético detém 11.709 MW

Somente cinco Estados detêm quase 90% da capacidade instalada pela fonte biomassa no setor sucroenergético: São Paulo detém 51%, seguido por Goiás (12%), Minas Gerais (12%), Mato Grosso do Sul (9%) e Paraná (4%). “Esta distribuição é retrato da distribuição de moagem de cana-de-açúcar no País, que na safra 2019/2020 teve o seguinte ranking para os cinco primeiros Estados produtores: São Paulo (53%), Goiás (12%), Minas Gerais (11%), Mato Grosso do Sul (7%) e Paraná (5%)”, explica Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da UNICA.

Conforme levantamento da UNICA, a partir de dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), os meses de abril e maio de 2020 representam sozinhos quase 70% do total da geração de bioeletricidade para a rede de janeiro a abril de 2020, mostrando a relevância do início da safra canavieira na Região Centro-Sul, tradicionalmente no início de abril de cada ano.

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No geral, a bioeletricidade (com todas as biomassas) para a rede foi de 7.757 GWh de janeiro a maio deste ano: aumento de 9% em relação a igual período em 2019. Este volume é equivalente a atender mais de 4 milhões de unidades residenciais pelo ano de 2020 inteiro ou a 13% do consumo total de energia elétrica do Estado de São Paulo, no período de janeiro a maio deste ano.

O Estado que mais gerou bioeletricidade para a rede foi São Paulo, responsável por 34% do total de geração de janeiro a abril de 2020. Somente a geração de bioeletricidade para a rede, pelo Estado de São Paulo (1.591 GWh), seria equivalente a atender ao consumo anual de energia elétrica de 823 mil unidades residenciais.

Em capacidade instalada de geração, atualmente outorgada pela ANEEL, o Brasil detém 174.564 MW. A biomassa em geral representa 9% da matriz elétrica brasileira, com 15.320 MW instalados, ocupando a 4ª posição na matriz, atrás das fontes hídrica, eólica e gás natural. “Apenas o setor sucroenergético detém 11.709 MW, superando a capacidade instalada na usina Belo Monte (que é 11.233 MW), representando em torno de 7% da potência outorgada no Brasil e 76% da fonte biomassa em geral”, conclui Souza.