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Problema do setor sucroalcooleiro são as barreiras tarifárias

O setor sucroalcooleiro não acredita em uma taxação das exportações primárias como forma de incentivo à venda externa de produtos de maior valor agregado. Os candidatos à Presidência da República têm se manifestado a favor de projetos que visem aumentar o valor agregados das exportações brasileiras, mas as medidas não tem sido apoiadas pelo setor agropecuário, muito menos pelo segmento sucroalcooleiro.

Para José Ricardo Severo, assessor da Confederação da Agricultura e

Pecuária do Brasil — CNA, taxar as exportações significa vender imposto e, com isso, diminuir o preço pago pelo produto. “Isto vai contra qualquer política econômica”, afirma.

Na avaliação de Pedro Robério de Melo Nogueira, presidente do Sindaçúcar de Alagoas, uma taxação inibiria as exportações, pois o setor já enfrenta as barreiras tarifárias. “Em uma hora que o País precisa de divisas, não faz sentido taxar”, argumenta. Nogueira explica que o Brasil hoje exporta matéria-prima para as refinarias e só não comercializa o açúcar branco porque há imensas barreiras tarifárias. Na avaliação dele, aumentar o valor agregado do setor sucroalcooleiro significa brigar na Organinzação Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios e tarifas.

“Taxar não é uma medida sensata porque vai prejudicar todas as cadeias produtivas agrícolas”, afirma Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar de Pernambuco. Para ele, o Brasil cresce nas exportações porque atende um nicho de mercado que busca produtos primários. Na avaliação de Cunha, agregar valor significa eliminar os impostos.

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