‘Proálcool brasileiro será programa mundial’

Com uma produção atual estimada em 14,4 bilhões de litros e podendo chegar em 2012 com um volume de 22 bilhões, o Brasil hoje é o país que apresenta o melhor perfil para abastecer de álcool países como Japão, China, Índia, entre outros. Esta é a opinião do diretor executivo da Alcotra S.A de Genebra, Philippe Meeus.

Philippe reconhece que o Brasil, que há poucos anos era tido como um produtor de grande potencial, hoje já realiza exportações e já sentou à mesa com dirigentes dos grandes blocos consumidores, como os Estados Unidos e União Européia.

Com o Japão as negociações estão bastante adiantadas, analisa Philippe. O governo japonês já aprovou, em 2003, a mistura de álcool combustível à gasolina na proporção de 3%. No entanto, esse requisito ainda não se tornou obrigatório, o que pode acontecer ainda em 2004, uma vez que é o segundo maior mercado consumidor de combustíveis automotivos e, como signatário do Protocolo de Kyoto, precisa atingir as metas de redução de emissões que provocam o efeito-estufa.

Meeus acredita que o desenvolvimento do mercado internacional dependerá da continuidade dos programas mundiais Governamentais em definir políticas de incentivos a longo prazo. “O fato é que o Proálcool brasileiro passou a ser Programa Mundial”, afirma.

A produção mundial devera alcancar o patamar de 65 bilhões litros em 2012, prêvê Philippe Meeus. Ele acredita que em em 2012, os países importadores de álcool carburante serão abastecidos principalmente por produção doméstica, exceto o Japão que terá 100% do alcool importado, caso o programa governamental de alcool carburante venha a ser implementado.

O mercado mundial importado deverá atingir cerca de 10% da produção mundial de alcool, de acordo com a previsão do executivo da Alcotra. Ou seja, 7 bilhões de litros em 2012, dos quais a maioria deste mercado, será suprida pela indústria Brasileira.

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