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Principais entraves são leis ambientais e trabalhistas

Para acelerar a boa fase vivida pelo setor sucroalcooleiro, impulsionada sobretudo pelo interesse do mercado externo pelo álcool, que ganhou status de “ouro branco”, será preciso superar obstáculos, como os ambientais e trabalhistas, além das dívidas acumuladas, especialmente as tributárias. Esses são os principais entraves ao ingresso do capital, inclusive estrangeiro, nas usinas de álcool e açúcar brasileiras. A avaliação é do advogado Paulo Bardella Caparelli e do analista de desenvolvimento da Dedini Indústrias de Base Fábio Rodrigues Alves Malerba. Ambos participaram de um encontro organizado pela Sociedade Rural Brasileira (SRB), ontem, em São Paulo.

A Dedini é a principal fabricante brasileira de equipamentos para as usinas de álcool e biodiesel. Em um ano, o faturamento da empresa saltou de R$ 628 milhões para R$ 1,1 bilhão. Malerba destaca que o País tem atualmente 360 usinas de álcool e açúcar em funcionamento e dez em construção.

O potencial, porém, é muito maior. Já existem projetos para a construção de outras 12 no ano que vem, além de outra dúzia em 2008 e mais 8 em 2009. Sem contar as empresas que devem passar por um processo de atualização de tecnologia.

Ele estimativa que a produção seja de 450 milhões de toneladas de cana neste ano. “Existem projeções muito otimistas de que a produção chegue a 1 bilhão de toneladas em 2012, mas aí a discussão passa também por aumentar em muito a área plantada”, acredita Malerba. Para tanto, destaca, há necessidade de mudanças com a abertura de capital e o financiamento externo no setor.

Para Malerba, o interesse do mercado externo no álcool combustível aumenta as preocupações com as condições de trabalho, em especial na colheita da cana-de-açúcar, e com problemas ambientais provocados pelas empresas.

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