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Primeira rodada de discussões sobre açúcar termina sem acordo na OMC

As conversas entre representantes da União Européia, Brasil e Austrália para resolver as questões dos subsídios concedidos aos agricultores da UE para açúcar terminaram sem acordo na sexta-feira passada, dia 22, na Organização Mundial do Comércio (OMC), segundo informações da Dow Jones Newswires.

“As posições básicas não mudaram. Nós pensamos que os subsídios da UE quebram as regras da OMC”, disse uma fonte oficial do governo brasileiro.

A ausência de um acordo abre caminho para o Brasil, o maior produtor mundial de açúcar, e a Austrália – que também tem dado apoio ao Brasil na OMC – vai pedir um painel para discutir as questões. Entretanto, a decisão do Brasil deve ser tomada provavelmente no próximo governo. O País questiona que os europeus compram açúcar dos países da ACP (África, Caribe e Pacífico), industrializa e reexporta com subsídios. Não questiona, entretanto, o fato de esse produto ser importado sem tarifa. Ou seja, não é contra a tarifa preferencial desse países.

A UE estaria subsidiando cerca de 5,2 milhões de toneladas de açúcar. O governo brasileiro calcula que os prejuízos chegam a US$ 1 bilhão por ano para os países que exportam sem subsídios.

Durante os dois dias de rodadas de negociação, a UE atacou o Brasil, dizendo que o governo brasileiro subsidiou o Proálcool desde a década de 70, com mais de US$ 4 bilhões. Sem essa ajuda, o Brasil não teria como crescer em produção.

As negociações vão continuar ocorrendo na OMC ao longo dos próximos dias.

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