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Previsão de moagem diminui para 546 milhões de toneladas na região Centro-Sul

Padua: condições climáticas  foram piores do que as da primeira estimativa
Padua: condições climáticas foram piores do que as da primeira estimativa

Especial Fenasucro – A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), em conjunto com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), demais sindicatos e associações do setor sucroenergético, revisou a estimativa de moagem de cana-de-açúcar para a safra 2014/2015 na região Centro-Sul do País. A nova projeção indica uma moagem de 545,89milhões de toneladas, queda de 5,88% em relação à estimativa inicial (580,00 milhões de toneladas) e redução de 8,57% sobre o valor final da safra 2013/2014 (597,06 milhões de toneladas).

Em São Paulo, Estado que respondeu por mais de 61% da oferta de cana-de-açúcar na safra passada, este declínio esperado para a moagem é ainda maior, atingindo 11,71%: 367,45 milhões de toneladas processadas na safra 2013/2014, ante 324,43 milhões de toneladas previstas para a atual safra – quantidade que também é inferior àquela registrada na safra 2012/2013 (329,92 milhões de toneladas).

O diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, explica que as condições climáticas observadas desde o início da atual safra foram piores do que aquelas utilizadas na elaboração da primeira estimativa, divulgada em 23 de abril.

De fato, dados apurados pelo CTC junto às unidades produtoras mostram que importantes áreas canavieiras, como aquelas localizadas nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, apresentaram chuvas muito abaixo da média histórica. Na região de Piracicaba, por exemplo, o índice de precipitação pluviométrico verificado entre abril e julho ficou 68,4% aquém do valor histórico, com prejuízo significativo para a oferta de matéria-prima.

“A situação no Centro-Sul é bastante heterogênea. Em alguns Estados a safra está atrasada devido ao excesso de chuvas, com possibilidade das usinas não conseguirem colher toda a cana disponível. Por outro lado, regiões canavieiras tradicionais têm sido severamente impactadas pela seca, o que deve levar a uma antecipação no término da safra e impedir a realização da colheita em áreas onde a planta não se desenvolveu o suficiente para o corte”, explicou Rodrigues.

 

 

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