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Prévia da inflação oficial recua para 0,49% em março, mostra IPCA-15

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) variou 0,49% em março, divulgou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo da previsão média de 0,54% obtida a partir de 14 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data.

Com o resultado de março, o indicador acumula alta de 2,06% no ano e de 6,43% em 12 meses.

O enfraquecimento da inflação apurada no grupo educação, de fevereiro para março (de 5,49% para 0,50%) levou à taxa menor do IPCA-15, que subiu 0,49% em março, contra 0,68% em fevereiro.

Segundo o IBGE,a desaceleração foi sazonal. O indicador anterior captou reajustes de mensalidades escolares, historicamente realizados nos primeiros meses do ano.

Das nove classes de despesa usadas para cálculo do índice, outras cinco, além de educação, apresentaram desaceleração de preços, entre fevereiro e março.

É o caso de artigos de residência (de 0,82% para 0,40%); transportes (de 0,46% para 0,32%); saúde e cuidados pessoais (de 0,78% para 0,42%); despesas pessoais (de 1,15% para 0,51%) e alimentação e bebidas (de 1,74% para 1,40%).

Já o item empregado doméstico se manteve em alta, com 1,53%.

Nos 12 meses encerrados em fevereiro, a variação tinha sido menor, de 6,18%. Em março de 2012, o IPCA-15 teve variação de 0,25%.

Comida ainda pesa

No caso dos alimentos, o IBGE destacou que, apesar da desaceleração, essa classe de despesa foi responsável por 0,34 ponto percentual do total do índice em março, ou 69% do indicador do mês.

Vários produtos importantes na despesa das famílias ficaram mais caros, destacou o instituto. É o caso de feijão carioca (11,68%), ovos (7,66%), farinha de trigo (6,33%), farinha de mandioca (5,72%), frutas (2,54%), macarrão (2,42%), frango (1,80%), e pão francês (1,77%), além da refeição fora (1,23%).

Já as classes de despesa que registraram aceleração de preços entre fevereiro e março, foram vestuário (de 0,01% para 0,48%) e comunicação (de 0,08% para 0,27%).

Habitação desacelerou a deflação, de -2,70% para -0,70%, porque o valor da conta de energia elétrica ficou 5,32% mais baixo em março, enquanto em fevereiro a queda chegou a 13,45%.

Assim, contas de luz ficaram 18,05% mais baratas nestes dois últimos meses como reflexo da redução de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro.

Gasolina cara

O principal impacto individual na inflação de março ficou com o aumento no preço da gasolina. O preço do litro do produto subiu 2,34% no indicador de março. Isso gerou impacto de 0,09 ponto percentual no IPCA-15 do mês.

O IBGE informou ainda que, após registar variação de 1,96% em fevereiro, a gasolina subiu 4,35% para o consumidor nos dois últimos meses (fevereiro e março). Esse aumento reflete o reajuste de 6,60% no preço do litro nas distribuidoras em vigor a partir do dia 30 de janeiro, lembrou o IBGE.

Ao detalhar a evolução de preços dos combustíveis, o IBGE informou ainda que, em março, o litro do etanol também ficou mais caro, com alta de 3,89%, assim como o óleo diesel, que subiu 3,16% no mês. Mesmo assim, a inflação do grupo Transportes cedeu, de fevereiro para março (de 0,46% para 0,32%), beneficiado por queda nos preços de passagens aéreas (-16,41%), detalhou o instituto.

No trimestre

Já o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de janeiro, fevereiro e março) foi de 2,06%, bem acima do resultado de igual período de 2012 (1,44%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de fevereiro a 14 de março e comparados com aqueles vigentes de 16 de janeiro a 14 de fevereiro.

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.

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