Usinas

Presidente do BNDES defende desoneração de veículos elétricos produzidos no Brasil

Segundo Aloizio Mercadante não podemos ficar importando produtos acabados

São Paulo, 12 junho de 2023. Seminário Desafios e Oportunidades de Créditos com BNDES com ministro Aloizio Mercadante. Foto: Everton Amaro / Fiesp
São Paulo, 12 junho de 2023. Seminário Desafios e Oportunidades de Créditos com BNDES com ministro Aloizio Mercadante. Foto: Everton Amaro / Fiesp

Durante participação em seminário na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, defendeu a desoneração de carros elétricos produzidos no Brasil, como forma de estimular a introdução da tecnologia.

Mercadante lembrou que os Estados Unidos já oferecem bônus de 7 mil dólares para a compra dos carros elétricos produzidos no país.

Na Europa, enquanto a Alemanha já praticava juro zero no financiamento do hidrogênio verde, uma das fontes de energia das baterias dos automóveis, a União Europeia criou um banco público apenas para financiar essa rota tecnológica. “É com isso que vamos competir”, afirmou o presidente do BNDES.

LEIA MAIS > Rede de abastecimento de carros elétricos requer mais de R$ 1 trilhão de investimentos

Em meio à transição energética, o Brasil, continuou Mercadante, concedeu imposto zero para importar carros elétricos. “Não podemos ficar importando produtos acabados”, frisou o ex-ministro.

Ao falar de iniciativas para a indústria automotiva, ele acrescentou que o banco está trabalhando num modelo de parcerias público-privadas, as PPPs, com prefeituras para aumentar encomendas de ônibus.

Mercadante observou que os países com bancos públicos e agências de fomento mais estruturadas foram os que mais cresceram na última década. Nos Estados Unidos, disse, “acabou a conversa de Estado mínimo”. “O Estado vai voltar a ter participação ativa do pós-guerra, período de maior crescimento dos Estados Unidos.”

O presidente do BNDES reiterou ainda o objetivo de dobrar para 2% do PIB (Produto Interno Bruto) os desembolsos do banco. Segundo ele, os países estão tardiamente redescobrindo a importância de bancos públicos de fomento.