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Presidente da Petrobras diz que álcool mais caro é "falta de cana"

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, disse na manhã desta quarta-feira, em São Paulo, que o problema do alto preço do álcool combustível é “falta de cana”. Segundo Gabrielli, a alta no preço do combustível é uma conjunção de fatores que alia a falta de investimento no plantio devido à crise internacional com problemas climáticos e não deve ter solução em menos de dois anos. “A crise internacional afetou o investimento em novos canaviais. Nosso problema é falta de cana, tem que plantar, o resto é da natureza”, disse.

Ainda tratando de combustíveis, o titular da maior produtora do País disse que as importações serão inevitáveis se a demanda pelo insumo continuar crescendo. “Isso vai ser necessário porque estamos no limite. Se houver crescimento da demanda teremos de importar”, declarou.

A Petrobras deve investir pesado na produção de etanol, principalmente nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. As projeções da companhia são de saltar dos atuais 5,3% do mercado para 12%, num investimento de US$ 2,5 bilhões até 2015. Apesar da produção conjunta de açúcar, com cana própria e arrendada, o etanol terá prioridade.

Gabrielli esteve reunido nesta manhã com o governador Geraldo Alckmin no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e tratou dos investimentos da estatal no Estado. De acordo com Alckmin, haverá forte crescimento das aplicações da empresa em São Paulo, alcançando US$ 29 bilhões até 2015. Alckmin falou em atenção para a “competitividade da produção” e disse que haverá investimento na hidrovia do rio Tietê para o escoamento da produção. “Contratamos 80 barcaças e 20 embarcações”, disse o governador.

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