Presidente da Petrobras descarta antecipação da produção de gás, na Bacia de Santos, para 2.007
Os setores ligados ao abastecimento e consumo de gás tiveram uma semana agitada devido às discussões sobre as incertezas geradas pela crise boliviana, à realização de evento no Rio, à adoção e divulgação de algumas medidas. O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, afirmou, durante a semana, que a antecipação da extração de gás na Bacia de Santos, para 2.007, está totalmente descartada. Os campos dessa bacia – com produção estimada em 17 milhões de metros cúbicos por dia – reduzirão a dependência do gás boliviano. De acordo com Dutra, na melhor das hipóteses, a antecipação poderá ocorrer para 2008.
Segundo o presidente da Petrobras, a situação na Bolívia exigirá um acompanhamento constante do fornecimento de gás para o Brasil. Uma das soluções apontadas, para a solução da provável escassez do produto, é a substituição do gás natural por óleo combustível em algumas indústrias. O uso do gás liquefeito de petróleo (GLP) em granel está sendo cogitado, também, como uma alternativa imediata para driblar os efeitos da crise boliviana. Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de GLP — Sindigás, o setor – que registrou uma queda nas vendas de 2,17%, até maio, no acumulado do ano – está preparado para atender a demanda dos consumidores industriais.
O assunto está sendo discutido também no 3º Brasil Offshore, que reúne em Macaé, Norte do Rio de Janeiro, 500 empresas do ramo de petróleo e gás. Durante o evento – que começou na quarta-feira e termina hoje (sexta-feira) -, o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio, Wagner Victer, anunciou a descoberta de dois milhões de metros cúbicos de gás nos campos de Barracuda e Caratiba, na Bacia de Campos. Outra notícia para o setor de gás – divulgada pelo secretário – é a inauguração do gasoduto Campinas-Japeri até o final de 2.005. O novo duto vai melhorar a interconexão com o gasoduto Brasil-Bolívia.
