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Prêmio Esso tem destino incerto após joint-venture entre Shell e Cosan

Com a extinção da bandeira Esso no Brasil, anunciada nesta segunda-feira pelo presidente do grupo Cosan, Rubens Ometto, está indefinida a situação do “Prêmio Esso de Jornalismo” este ano, o mais tradicional da imprensa brasileira.

Até 2010, o prêmio foi organizado e patrocinado pela ExxonMobil, que vendeu, em 2008, a rede de postos Esso para a Cosan por US$ 1 bilhão. Desde que comprou a marca no Brasil, a Cosan havia garantido que não faria mudança na organização do “Prêmio Esso de Jornalismo”, que já premiou mais de 27 mil trabalhos jornalísticos de todo o país.

Em 2010, o Prêmio Esso completou 55 anos de existência ininterrupta. Idealizado em 1955, com o nome de “Prêmio Esso de Reportagem”, depois passou a se chamar “Prêmio Esso de Jornalismo”.

A empresa patrocinou ainda o Repórter Esso — também conhecido como O seu Repórter Esso —, marco no jornalismo brasileiro, que na TV foi transmitido de 1952 a 197 0. Entre os locutores que fizeram maior sucesso estavam Gontijo Teodoro, Luiz Jatobá e Heron Domingues. Os seus slogans mais famosos eram “O primeiro a dar as últimas” e “Testemunha ocular da História”.

No rádio, o início das transmissões do Repórter Esso ocorreu em 1941, no governo Vargas, inspirado no modelo americano e com notícias de agências internacionais. O estilo objetivo transformou-o em referência para as outras emissoras e, depois, para a TV. Foi o Repórter Esso, da Rádio Nacional, que, em edição extraordinária em 1954, deu a notícia do suicídio de Vargas. A sua última edição no rádio foi em 1968.

Da Agência O Globo

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