Prejuízos com chuvas em usinas de AL podem chegar a R$ 55 mi
A forte chuva que destruiu algumas regiões do sul de Pernambuco e Norte de Alagoas pode ter causado prejuízos de R$ 50 milhões na Usina Laginha e R$ 5 milhões na Santa Clotilde, ambas de Alagoas.
As chuvas torrenciais de aproximadamente 400 mm, volume relativo a um mês, que atingiu União de Palmares (AL), destruíram parte da Laginha, pertencente ao Grupo João Lyra e os vilarejos da região, onde diversos funcionários residiam. Na unidade, a água arrastou cinco tanques de 5 mil m³/cada, dos seis existentes na unidade e mais de 180 toneladas de ferro estão encalhados pelo leito do rio, onde foram arrastados por até 20 km de distância.
Algumas plantações das áreas de várzea também sofreram prejuízos e grande estrago na indústria e nos imóveis da empresa. “A área administrativa, industrial, balança, destilaria, moenda, casa de máquina, escritórios, laboratórios e documentos foram totalmente destruídos pela força da água, já que estamos ao lado do rio Mandaú que subiu mais de 5 metros com velocidade de Tsunami”, explica Francisco Celestino, superintendente agrícola do Grupo João Lyra com exclusividade ao JornalCana.
De acordo com ele, dentro da usina a água chegou a 5 metros de altura. “As estimativas parciais projetam um prejuízo de R$ 50 milhões. Salvamos muitas coisas, mas perdemos uns 40% a 50%. Aqui há um tratorista desaparecido mas temos colaboradores em diversas cidades e vilas atingidas”, informa com pesar.
Na usina Santa Clotilde, de Rio Largo (AL), a água também causou estragos já que destruiu as guaritas e o centro de treinamento. De acordo com uma fonte do setor que passava pela usina, a água atingiu o teto da unidade.
Cristóvão Oliveira, diretor agrícola da usina, afirma que o prejuízo avaliado previamente pode chegar a R$ 5 milhões, mas um mutirão com funcionários prova o ânimo de voltar as atividades. “Estamos trabalhando para ver se na segunda ou terceira semana de setembro deixamos a usina pronta para moer”, ressalta Oliveira.
