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Preços recuam e produtores deverão ter remuneração menor pela cana

Os produtores de cana devem se preparar para uma remuneração menor nesta safra. O açúcar, que foi o carro-chefe nos dois últimos anos, tem preços menores.

O produto negociado no mercado interno teve redução de 11% desde o início da safra, em abril. No mercado externo, a queda é de 7%, conforme o Consecana (conselho que reúne produtores e indústrias).

A remuneração do álcool também cai. O hidratado perdeu 11% nos preços desde o início da safra, enquanto o anidro recuou 5%. Já o álcool anidro de exportação teve alta de 7% no período.

Dois fatores, um externo e outro interno, podem dar vida aos preços do açúcar e do álcool, trazendo melhor remuneração ao setor.

Os países concorrentes do Brasil nesse setor teriam de ter sérios problemas climáticos, tornando o produto brasileiro uma das poucas opções. Os problemas climáticos atuais nos produtores são pontuais, mas não atingem essa dimensão.

O outro fator é interno e depende apenas de uma política do governo: elevação dos preços da gasolina. Essa alta daria suporte financeiro ao setor sucroalcooleiro.

Os que participam das constantes reuniões desse setor sabem, no entanto, que esse aumento está difícil. Ele depende exclusivamente da vontade da presidente Dilma Rousseff, que ainda não sinalizou sobre a possível alta.

A tendência de remuneração para a cana é menor porque, além da queda do valor do ATR (Açúcar Total Recuperável), há uma concentração menor de sacarose na cana. Os dados atuais apontam para R$ 52 por tonelada da cana para álcool e R$ 63 para a destinada ao açúcar.

Em queda O etanol anidro teve queda de 2,31% nesta semana na porta das usinas paulistas. O valor médio do litro do combustível recuou para R$ 1,1625.

Ritmo menor Já o álcool hidratado caiu para R$ 1,0391, um recuo de 0,83%. Os preços foram coletados pelo Cepea e não contêm impostos.

Remuneração Os preços agropecuários recebidos pelos produtores norte-americanos subiram 3,6% neste mês, em relação aos praticados no mês passado, segundo informações do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).

Bem mais Quando comparados os preços médios deste ano com os de igual período de 2011, a alta é de 11%.

Pesquisador O número de trabalhos inscritos no Prêmio Agroambiental da Monsanto subiu 50% neste ano na área de pesquisador. Foram 137, de um total de 202 inscrições, incluindo as outras categorias.

Estados Unidos têm menos milho e preço volta a subir

Os estoques de milho norte-americanos são ainda menores do que se previa. O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) refez suas estimativas e avaliou um volume de 25 milhões de toneladas no início de setembro. O mercado acreditava em 28,6 milhões de toneladas.

O resultado foi uma elevação dos preços do cereal para US$ 7,56 por bushel em Chicago, atingindo o limite de alta permitido no dia.

No caso da soja, foi o contrário. Os estoques estimados pelo Usda indicam 4,6 milhões de toneladas, acima dos 3,8 milhões previstos pelo mercado. Mesmo assim, o primeiro contrato da soja subiu para US$ 16 por bushel, registrando alta de 2% no dia.

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