Preços no atacado desaceleram o IGP-10
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 0,21% em outubro, taxa 0,15 ponto percentual inferior à registrado em setembro, de 0,36%, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No ano, o IGP-10 acumula alta de 2,51% e, nos últimos 12 meses, de 2,93%.
Entre os itens que compõem o IGP-10, o Índice de Preços no Atacado (IPA) foi o que apurou a maior desaceleração, passando de alta de 0,45%, em setembro, para avanço de 0,26% no mês passado. O subgrupo combustíveis e lubrificantes para produção foi o destaque entre os bens intermediários que integram o IPA. Os preços do subgrupo, que haviam avançado 0,02% em setembro, registraram deflação de 2,60% em outubro.
“A queda dos combustíveis industriais reflete a forte queda observada no mercado internacional de petróleo. A queda do álcool e da gasolina está associada ao mercado interno, já que a cana-de-açúcar está em período de safra”, afirmou Salomão Quadros, economista da FGV.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,10% em outubro, ou 0,12 ponto percentual abaixo da taxa apurada em setembro, de 0,22%. O grupo alimentação, cuja taxa passou de 0,61% para -0,36%, foi o principal responsável pela desaceleração do IPC.
Contribuiu também para o menor crescimento do IPC o grupo transportes, cuja taxa recuou de -0,01% para -0,17%. Nesta classe de despesa, cabe mencionar: gasolina (de 0,22% para -0,37%) e álcool combustível (-1,0% para -3,32%). “É um caso típico de recuo pontual porque cinco dos sete grupos aceleraram”, acrescentou Quadros.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou em 0,02 ponto percentual. Sua taxa de variação passou de 0,16%, em setembro, para 0,14% em outubro.
