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Preços agrícolas têm nova estrutura

A corrida para a produção de álcool combustível mudou a estrutura dos preços dos produtos agrícolas no Brasil. A produção de milho, que nunca passou de cultura alternativa, deverá ocupar este ano lugar de destaque no mercado. A demanda crescente por milho para a produção de etanol nos Estados Unidos ajudou a valorizar as demais commodities agrícolas. Em 12 meses, segundo levantamento da RC Consultores, o milho no mercado interno ficou 44,8% mais caro. A procura pelo grão nos EUA deverá levar a uma redução de área plantada de soja americana, fortalecendo também os preços do produto brasileiro, que desde janeiro de 2006 aumentou 23,9%.

Toda essa transformação já se reflete nos mercados futuros e à vista, afirma o analista Fábio Silveira, da RC Consultores. Outros produtos agrícolas também se valorizaram, parcialmente pela contaminação das altas ocorridas com o milho e a soja. Outros fatores também influenciaram essas mudança. Questões climáticas e o aquecimento da economia contribuíram para valorizar o trigo. As cotações do algodão também foram afetadas pela alta da demanda, que contribuíram para a redução dos estoques.

Na contramão desse processo está o açúcar, cujos preços no mercado internacional estão em queda continuar. Desde janeiro de 2006 caíram 22,8% e a tendência é de se manter nesse nível, uma vez que a oferta do produto cresce nos países asiáticos.

“Essa é uma situação atípica, que não se deverá alterar no curto ou médio prazo”, afirmou Silveira. Apenas o consumidor brasileiro sofrerá com as mudança no seu orçamento. Para o consultor, a comida tenderá a ficar mais cara no mercado interno, mas em contrapartida haverá substancial queda nos preços dos produtos manufaturados. “Os estoques nas indústrias estão elevados e os preços de seus produtos vão cair.

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