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Preço do petróleo é decisivo para expansão dos combustíveis verdes

A velocidade da substituição dos combustíveis fósseis utilizados na produção e nos transportes por combustíveis renováveis dependerá dos preços do petróleo. E a substituição não será feita por um produto só, mas por diversas matrizes energéticas. Essa foi a conclusão do painel de energia no evento “Brasil-Estados Unidos: parceria para o século 21”, realizado em Washington nesta segunda-feira, 9 de abril, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em conjunto com a US Chambers of Commerce e Câmara Americana de Comércio Brasil Estados Unidos (Amcham).

“O preço do petróleo vai determinar as oportunidades de substituição por combustíveis renováveis, como o etanol”, afirmou a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Ela lembrou que a destinação da cana-de-açúcar, no caso do Brasil, para a produção de etanol também depende, muitas vezes, do preço do açúcar. “São forças de mercad o”, declarou.

O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi, analisou que, apesar de os preços serem o principal fator de escolha por um ou outro combustível, as empresas brasileiras e norte-americanas não devem deixar de investir no desenvolvimento dos combustíveis renováveis e no melhor aproveitamento do consumo deles. “Por razões ambientais, e cada vez mais razões econômicas, o uso de combustível renovável tem de continuar crescendo, para chegar ao nível mais econômico e eficaz do que os de origem fóssil”, afirmou.

O presidente da Raizen (joint venture entre Shell e Cosan, que produz 2,2 bilhões de litros de etanol por ano), Vasco Dias, destacou que a inovação tecnológica e a pesquisa aplicada estão tornando cada vez mais eficiente o subproduto da cana-de-açúcar. O subsecretário de Energia dos Estados Unidos, Daniel Poneman, afirmou que a migração dos combustíveis fósseis para renováveis vai passar primeiro pela utilização de gás nos transportes e depois pela eletrificação dos veículos.

A presidente da GE Brasil, Adriana Machado, disse que no futuro próximo haverá espaço para todos os combustíveis já existentes, como gasolina, diesel, etanol, eletricidade, gás natural e também geração de energia eólica e solar, por exemplo. “A busca pela eficiência em cada um dos combustíveis vai continuar e o uso de todos eles também”, previu.

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