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Preço do etanol varia até 10,58% em Fortaleza

Se antes do carnaval os preços dos combustíveis já estavam mais elevados, passada a folia, os motoristas ainda enfrentam o mesmo problema e precisam pesquisar mais na tentativa de economizar. Percorrendo 25 postos em diversos bairros de Fortaleza, O POVO constatou que, em média, os valores do etanol (álcool combustível) variam 10,58%, de R$ 1,89 a R$ 2,09, uma diferença de R$ 0,20. Já a gasolina obteve variação de 4,4% entre R$ 2,67 e R$ 2,79.

Em janeiro do ano passado, o álcool chegou a custar em média R$ 2,20. A expectativa é de que o combustível volte a esse patamar, já que o açúcar está a um preço atrativo no mercado internacional e os usineiros preferem produzi-lo em detrimento do etanol, segundo o presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos), Guilherme Meireles. “Ninguém pode ficar a mercê desse mercado”, reclamou.

Dependendo do estoque de cad a bandeira, os preços continuam ou são repassados mais rapidamente. O incremento no valor do etanol e, consequentemente na gasolina, deve se manter nos próximos meses se o Governo não tomar providências, segundo Meireles. Ele lembrou que a gasolina possui uma mistura de 25% de álcool combustível.

Meireles ressaltou que há um ano os preços da gasolina estavam congelados. No entanto, desde julho do ano passado, o combustível já ficou mais caro R$ 0,16 o litro para o revendedor e os valores começaram a ser repassados na bomba.

“Ninguém sabe onde isso vai parar. A solução é diminuir a mistura de etanol na gasolina. Só essa medida já faz baixar o preço”, destacou. O percentual reivindicado é de redução dos atuais 25% para 20% na mistura, como foi decretado pelo Governo entre fevereiro e maio do ano passado.

No último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no começo deste mês para a capital cearense, o preço médio da gas olina era de R$ 2,71. O valor mínimo era de R$ 2,53 e o máximo chegava a R$ 2,79.

Para o etanol, a Agência apontava média de R$ 2,03, com valor mínimo de R$ 1,92 e máximo de R$ 2,09. O próximo levantamento deverá ser divulgado esta semana.

Consumidores

Entre os consumidores, a sensação é de desconforto por causa dos preços mais elevados dos combustíveis. “Os preços subiram logo depois de o presidente da Petrobras dizer que não teria aumento”, reclamou o engenheiro Roberto Marinho, 45.

Segundo ele, os valores devem ter se elevado e os revendedores acabaram repassando os prejuízos para o consumidor. A solução, para Marinho, é pesquisar. Ele explicou que assim é possível economizar entre R$ 0,10 e R$ 0,15 no litro.

Para o educador físico João Paulo Rocha, 29, a gasolina ficou estável por um ano, em média, custando R$ 2,63 e depois passou a R$ 2,67 no posto onde abastece. Apesar do incremento, ainda prefere abastecer com gasolina. “O preço do álcool não compensa”, destacou.

Identificando os valores mais altos, a aposentada Irismar Carneiro, 25, está preferindo sair menos ou “encurtar os caminhos, procurando atalhos”. A medida é na tentativa de economizar alguns reais com combustível ao final do mês.

Ela sempre abastece no mesmo posto, que é perto de casa, mas recomenda pesquisar para quem precisa usar muito o veículo. “Vale a pena procurar preços menores”, ressaltou.

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