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Preço do álcool volta a subir em SP

O consumidor sente no bolso as baixas e altas do preço do álcool. E esse contraste da oscilação foi sentido nos últimos três meses em várias regiões do interior paulista. O preço que estava entre R$ 1,09 e R$ 1,19/litro caiu para a média de R$ 0,85/litro, em junho, devido a uma guerra de preços entre as grandes distribuidoras. Mas a promoção acabou e o preço oscila em Ribeirão Preto entre R$ 1,20/litro e R$ 1,29/litro). “O lucro de agora é para compensar o prejuízo de junho”, diz o primeiro vice-presidente da Associação Brasileira de Donos de Postos (Brascombustíveis), Renê Abbad.

“Considero o preço atual bom para o consumidor, pois está abaixo da metade do valor da gasolina”, afirma o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), em Ribeirão Preto, Oswaldo Manaia Júnior. E ele lembra que o álcool chegou a custar cerca de R$ 1,80/litro na entressafra entre 2007 e 2008. Manaia Júnior e Abbad citam a disputa de mercado entre as distribuidoras, com a baixa promovida pela Shell, em junho, que levou as concorrentes e os postos a baixarem os preços e até ficarem sem lucro no período.

“Hoje o dono do posto compra o álcool a R$ 1,05 e vende a R$ 1,29 e não tem margem de lucro”, comenta Abbad.

O advogado Carlos Augusto Baleirini e Silva revela que percebeu a diferença de preços nos finais de meses, quando quita os débitos do álcool no posto de um amigo. “Ficou um pouco mais caro do que estava antes da baixa do preço”, admite Silva.

“Acho que voltou ao mesmo patamar, mas não anotei e no posto sempre falam que o problema é de safra ou entressafra”, explica o administrador de empresas Mauro Bidoia. “Mas aproveitei o preço baixo e enchi o tanque antes de voltar a aumentar.” Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de 31 de julho, o álcool hidratado saia das usinas a R$ 0,72, sem impostos e fretes. As distribuidoras vendem aos postos bandeirados entre R$ 1,03 e R$ 1,05, segundo informações de Manaia Júnior e Abbad.

O posto de Abbad é bandeira branca e ele compra a R$ 0,96, vendendo na bomba a R$ 1,24, mesmo valor comercializado por Manaia Júnior, que compra a R$ 1,03 (aí está também o custo da imagem da rede). A região de Ribeirão Preto é a maior produtora de etanol do mundo, mas isso não significa que os preços são menores nas bombas.

“A estrutura do álcool é igual para todos e não é possível comprar direto das usinas”, diz Manaia. “O custo do frete subsidia as distâncias entre todos os Estados do País, para que o álcool não chegue a R$ 5 no Maranhão, por exemplo’, explica Abbad.

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