JornalCana

Preço do álcool hoje é inferior ao do início do governo Lula, afirma diretor da Alcopar

De janeiro de 2003 a dezembro de 2005 o preço do álcool hidratado na destilaria teve reajuste médio de 15,76% e de 36,21% na boca do tanque. Da porteira para fora da unidade produtora e até chegar ao posto, houve um reajuste de 20%. No mesmo período, o reajuste da gasolina no posto ficou em 15,41%.

O autor desse levantamento – com base nos preços praticados nos últimos três anos na capital do Paraná, Curitiba – o superintendente da Associação de produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), José Adriano da Silva Dias, não entende porque a gasolina ficou no mesmo preço e o álcool teve alta na bomba, uma vez que os custos de transportes são praticamente os mesmos.

“Em janeiro de 2003, o álcool hidratado custava na bomba R$ 1,273 e em dezembro de 2005 custava R$ 1,734, apresentando variação de 36,21%; por sua vez, o álcool hidratado vendido pelo produtor era cotado em 2003 a R$ 0,89398 e em 2005 a R$ 1,03484; o litro da gasolina chegava aos postos de Curitiba a R$ 2,070 em 2005 e a R$ 2,389 em 2005, com variação para maior de 15,41%.

“O álcool subiu 15% em 3 anos no produtor e para o consumidor o preço aumentou em mais de 35%”. comenta Adriano Dias.

Ainda assim, mesmo com esse reajuste atravessador, o preço do álcool hoje está inferior ao preço do início do governo Lula, há três anos. Em outro levantamento, baseado em números do Cepea/Esalq, José Adriano da Silva Dias descobriu que quando Lula assumiu o Governo, o preço do anidro correspondia, em valores de hoje, a R$ 1,22 o litro. Na primeira semana de janeiro de 2006 foi vendido a R$ 1,09 o litro. “O fato é que hoje estamos vendendo o álcool mais barato do que em 2003”.

José Adriano explica o atual pico de preço. “É apenas uma questão de mercado. Não dá para se comparar uma situação pontual de preço. É preciso trabalhar com preços médios recebidos pela unidade, porque o que conta é o dinheiro que entra no caixa da unidade produtora. O que se sabe é que no intervalo ou no caminho entre a saída da destilaria e a chegada ao consumidor, o custo alto é agregado”.

O superintendente da Alcopar acha louvável a atitude do governo brasileiro em tentar reduzir o preço dos combustíveis, especialmente o álcool. “Só lamento que o governo não tenha tido a mesma atitude quando o preço caiu a R$ 0,55 por litro. Não ouvimos ninguém dizer ao setor algo como ‘vamos dar um jeito e ajudá-los porque vocês geram 1 milhão de empregos. Enquanto estávamos trabalhando no vermelho ninguém veio estender a mão, ao contrário, deixaram-nos na mão”.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram