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Preço de alimento cai 2,82% em maio

Nos cinco primeiros meses do ano, o valor da cesta teve redução de 4,92%; custo é de R$ 164. No sobe-desce dos preços dos alimentos no varejo catarinense, as quedas estão prevalecendo. Em maio, os produtos de primeira necessidade caíram 2,82% na capital catarinense e a cesta básica calculada pelo Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) custou em R$ 164,13. Nos cinco primeiros meses do ano, o valor da cesta teve redução de 4,92%, enquanto nos últimos 12 meses o recuo atingiu 2,80%.

Na pesquisa, nove produtos apresentaram redução nos preços, em maio: batata

(-20,95%), tomate (-11,37%), café em pó (-7,93%), arroz parbolizado tipo 1 (-5,04%), açúcar refinado (-4,81%), feijão preto (- 4,69%), farinha de trigo (-0,60%). O óleo de soja não teve alteração em seu preço. Os três itens que tiveram aumento apresentaram variações moderadas: leite (1,77%), pão francês (1,41%) e carne (1,31%).

Em relação a maio de 2005, apenas quatro produtos ficaram mais caros: açúcar (43,55%), banana (6,35%), carne bovina (6,23%) e o café (3,82%). Outros nove produtos apresentaram queda: batata (-31,18%), arroz (-14,39%), tomate

(-3,82%), manteiga (-11,39%), óleo de soja (-10,66%), feijão (-9,33%), leite (-4,96%), pão francês (-3,14%),farinha de trigo (-3,11%).

O tempo de trabalho necessário, em Florianópolis, para quem ganha o piso nacional adquirir a cesta básica reduziu, em maio, para 103 horas e 10 minutos, contra as 106 horas e 10 minutos de abril.

Quando se considera o custo da cesta básica em comparação com o valor do salário mínimo líquido, o mesmo resultado é encontrado: em maio, 50,78% do salário mínimo deveriam ser destinados à compra de alimentos, enquanto em abril eram exigidos 52,25%.

Na dança dos preços, destaca-se com alta de até 15% o pão e a farinha de trigo. O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria da Grande Florianópolis, Cesar Murilo Barbi, diz que o quilo do pão, que era vendido entre R$ 4,90 e R$ 5,10, deverá custar entre R$ 5,50 e R$ 6,00. Nos estabelecimentos que ainda comercializam em unidade, o pãozinho de 50 gramas será reajustado, em média, em R$ 0,03.

Os moinhos do Brasil, que atualmente enfrentam preços mais altos para importar o trigo da Argentina, por causa da elevação da base de cálculo da tonelada para o imposto de exportação para 25%, devem ter desafio adicional em 2006, com as previsões de queda brusca na colheita brasileira.

O Paraná, maior produtor brasileiro, anunciou previsão de queda de 22,3% na área plantada, para 992,1 mil hectares. O Rio Grande do Sul divulgou projeção de redução de 17,9% no plantio, para 693 mil hectares. Na safra passada, os dois estados registraram colheita somada de 4,36 milhões de toneladas (90% da safra brasileira). Paranaenses e gaúchos devem colher este ano 3,42 milhões de toneladas, 21,5% a menos que em 2005.

Carne suína

Os consumidores catarinenses têm a vantagem de comprar carne de porco mais barata, principalmente se o supermercado escolhido for o Angeloni. Hoje, às 15 horas, o diretor da rede Angeloni, Mario Silvestre; o presidente do frigorífico Riosulense, Jacir Pamplona; o secretário de Estado da Agricultura, Felipe Luz e o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Wolmir de Souza, estarão reunidos para formalizar um acordo e colocar o quilo de qualquer parte do suíno a venda por R$ 2.

O encontro tem o objetivo de definir os detalhes da grande promoção de carne suína que irá ocorrer na rede de supermercados Angeloni, denominada “o mês da carne suína”, para comercialização do produto fresco in natura. “A intenção é abater os mais de 100 mil suínos que estão represados no campo em função do embargo russo à carne suína catarinense, que vem trazendo prejuízos incalculáveis aos suinocultores, prefeituras, estado da região Oeste, que sobrevive quase que exclusivamente da atividade”.

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