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Preço de álcool sobe 4,5%, apesar de acordo de usineiros com governo

O preço do álcool ao consumidor avançou na semana passada mesmo com o acordo fechado pelo governo com os usineiros para a redução dos valores cobrados dos distribuidores em R$ 0,03.

Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do álcool hidratado (utilizado para abastecer os veículos) cobrado nos postos avançou de R$ 1,650, na primeira semana do ano, para R$ 1,724 na semana passada. Dessa forma, a alta para o consumidor alcançou 4,48%. Nas últimas quatro semanas, o avanço do preço do álcool já atinge 9,6%.

Como possui álcool anidro em sua mistura, o preço da gasolina também subiu, passando de R$ 2,477 para R$ 2,501, segundo a ANP. A alta dos últimos sete dias alcança 0,97%. Segundo os usineiros, a alta do álcool é conseqüência do aumento da demanda, devido à popularização dos carros bicombustíveis, e da entressafra da cana-de-açúcar, que vai até abril.

Para o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a queda do preço do álcool nas usinas, acertada entre o governo e os produtores na semana passada deverá chegar ao consumidor até o fim da semana. “Não há razão nenhuma para que, uma vez que os preços na usina caíram, os preços na bomba subam”, disse. O ministro destacou que a elevação dos preços refletida na pesquisa ainda pode significar uma “acomodação”, devido a estoques e compromissos negociados antes do acordo.

Segundo levantamento semanal realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, órgão da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP, os usineiros respeitaram o teto estabelecido no acordo com o governo. O litro do álcool anidro caiu 3,3% na semana passada, de R$ 1,084 para R$ 1,048 sem impostos. Já o litro do álcool hidratado caiu de R$ 1,035 para R$ 1,021.

A diferença entre os preço dos dois combustíveis pode ser considerada pequena quando comparada à média histórica. Segundo informações do Ministério da Agricultura, por possuir entre 6% e 8% de água, o álcool hidratado deveria custar entre 5% e 15% menos que o anidro e oscilar entre R$ 0,95 e R$ 1.

Nesta semana, técnicos dos ministérios da Agricultura e de Minas e Energia se reúnem com representantes de distribuidores e postos de combustíveis para discutir a margem de lucro no setor.

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