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Preço da energia pode atingir valor recorde

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Reservatórios baixos, térmicas acionadas, preços lá em cima. Este é o atual cenário do sistema elétrico brasileiro, que há muito, se repete. De acordo com informações do ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico, os preços da energia comprada por distribuidoras e grandes empresas no mercado podem ultrapassar a casa dos R$ 569,59 o megawatt-hora, valor recorde atingido em 2008. É possível, até, atingir o teto de R$ 822 estabelecido pela Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica.

Zilmar José de Souza, gerente de Bioeletricidade da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, falou sobre o momento vivido e também da participação da cana-de-açúcar neste contexto. “Normalmente, deveria ser o contrário, em janeiro é período chuvoso, quando os preços no mercado spot tendem a cair, mas devido ao baixo nível de reservatórios e aumento de consumo está ocorrendo o despacho de termelétricas para manter a segurança do suprimento mas que levam ao aumento do preço de liquidação de diferenças (PLD). A usina de açúcar e etanol nessa época, em geral, está parada para manutenção, aproveitando a entressafra. Todavia, com o aproveitamento da palha para a cogeração e investimentos para tanto, os agentes do setor sucroenergético poderão se estruturar para uma geração incluindo na entressafra”.

Questionado sobre a necessidade de políticas públicas que incentivem investimentos em bioeletricidade, o especialista aponta o caminho. “O ideal é adotarmos uma política de longo prazo para a bioeletricidade, capaz de estimular de forma estrutural a expansão dessa fonte na matriz energética brasileira. Uma política de “stop and go” é a pior sinalização para uma cadeia produtiva. Precisamos de sinais claros não somente para bioeletricidade mas para todo o portfolio de produtos do setor sucroenergético, sobremaneira o etanol, haja vista a correlação positiva entre bioeletricidade e etanol. Se expandimos a produção de etanol na matriz de energia, expandimos a bioeletricidade na matriz de energia elétrica brasileira”.

Em janeiro, mês em que, normalmente, os reservatórios costumam encher, as chuvas ficaram em 54% da média histórica.

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