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Preço controlado de petróleo e etanol ajuda a economia local

A alta dos preços do petróleo e do etanol limitará o crescimento econômico mundial nesta década, e o controle das cotações dos combustíveis no Brasil é visto como um atenuante dos impactos desses maiores custos para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apontou ontem estudo realizado pela Ernst & Young Terco e FGV Projetos.

Os preços globais do petróleo no mundo subiriam em média 43,1% até 2020, enquanto as cotações do etanol no mundo devem ter alta de 125,9% no mesmo período, segundo a pesquisa.

Estimativas feitas pelo estudo apontam que o preço do petróleo (WTI) poderia oscilar até 2020 entre 35% e 60%, o equivalente a uma mínima de US$ 120 e a uma máxima de US$ 134 por barril, tendo como base o patamar de US$ 89 em dezembro de 2010.

Pela avaliação da Ernst & Young Terco e FGV Projetos, o controle de preços dos derivados de petróleo exercido pelo Brasil é um fator que amortece o impacto da alta global dos combustíveis na economia. “O fato de a Petrobras exercer um controle sobre os preços da gasolina e etanol praticados diretamente ao consumidor faz com que o Brasil usufrua de uma condição privilegiada em relação ao resto do mundo, no que diz respeito ao impacto do setor de combustível sobre o PIB nacional”, afirmou Elizabeth Ramos, sócia para o setor de petróleo da Ernst & Young Terco.

Se a política de controle de preços fosse mantida, o litro da gasolina no Brasil custaria em média R$ 2,53 em 2020.

“Mesmo o Brasil não sendo tão afetado por esse movimento, os preços em trajetória ascendente serão fator limitante para o desenvolvimento de praticamente todas as economias, traduzindo-se em um hiato de 0,52 ponto percentual em relação ao crescimento potencial do PIB mundial a cada ano, até o final da década”, afirmou o estudo.

Ainda segundo o estudo, os custos na cadeia de petróleo estão cada vez mais altos e colocam pressão adicional sobre a formação de preços. Os coordenadores destacaram que o aluguel de equipamentos está mais caro, e as novas descobertas são em águas profundas, cujo o custo de extração é mais elevado.

Nesse ambiente, os representantes da FGV e da Ernst & Young apontaram que a manutenção do regime de controle de preços no Brasil pode limitar investimentos e exaurir as reservas do País.

A pesquisa estima também que, com as descobertas no pré-sal, o Brasil será destino de volume de investimentos de US$ 250 bilhões em Exploração e Produção (E&P) de petróleo até 2020.

Porém, a expansão da produção do pré-sal será apenas parcialmente revertida em exportações, a alcançar até 2020 cerca de 600 mil barris/dia.

Ao levar em conta o crescimento econômico PIB do País, as exportações geradas pelo pré-sal terão impacto positivo de 0,4 ponto percentual no PIB em 2020.

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