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Preço alto causa retração nas compras das distribuidoras de combustíveis

Na primeira semana de 2007, as usinas seguem oferecendo álcool combustível caro, apesar do preço estável em relação à última semana de 2006, na avaliação do vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Distribuição de Combustível e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz. “Tem muita gente oferecendo álcool por um preço caro e as empresas (distribuidoras) estão retraídas, negociando com os clientes e comprando pequenas quantidades.” Para Vaz, o reajuste em dezembro decorreu do aumento pontual da demanda. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o preço médio do litro subiu 4,59% na última semana do ano nas usinas paulistas e acumulou alta de 12,91% ante o fim de novembro. Vaz citou a crise aérea como uma das causas do aumento da demanda, já que muitas pessoas optaram por viajar de carro. Ele considerou natural a alta do preço na entressafra da cana. “Todo produto agrícola na entressafra é mais caro.

Mas a crise do início de 2006 não vai se repetir, pois há muito álcool no mercado e a produção foi muito boa.”

COBRANÇA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mobilizou os ministros das Minas e Energia, Silas Rondeau, e da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, a cobrar explicações dos usineiros para o aumento repentino dos preços do álcool hidratado no final do ano.

Ao serem questionados por Lula, os ministros procuraram as respostas junto aos executivos da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica), que representa os usineiros. Segundo Antonio de Padua Rodrigues, diretor da entidade, Guedes ligou ontem para ele e foi informado de que o aumento no preço ocorreu por um crescimento pontual e imprevisto na demanda de álcool hidratado por parte das distribuidoras em dezembro.

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