A produção brasileira de etanol de milho, sobretudo na região Centro-Oeste, tem potencial para alcançar 2,5 bilhões de litros na safra 2020/21, contra 1,6 bilhão de litros da temporada 2019/20, afirmou o presidente da União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), Guilherme Nolasco, nesta quinta-feira (6), durante o webinar “DATAGRO Abertura de Safra, Soja, Milho e Algodão 2020/21″.
Nolasco ressaltou ainda o avanço do DDG, resíduo do milho usado para fabricação de etanol, como ingrediente para alimentação animal, devido ao seu elevado valor proteico.
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No webinar moderado pelo presidente da DATAGRO, Plinio Nastari, o presidente da Aprobio, Erasmo Battistela, destacou que à medida que avança o percentual de mistura de biodiesel no diesel, o volume de soja destinado à fabricação do biocombustível deverá saltar das atuais 22 milhões de toneladas para cerca de 100 milhões em 2030, quadruplicando a demanda pela oleaginosa.
Já Sérgio Bortolozzo, presidente da Câmara Setorial do Milho e Sorgo do Ministério da Agricultura e ex-presidente da Abramilho, afirmou que o advento do etanol de milho somente ampliou as oportunidades para cadeia produtiva do grão, que será capaz de garantir oferta tanto para produção de alimentos, ração animal e geração de energia.