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Postos já projetam redução menor nas bombas do que na refinaria

O consumidor terá de se contentar com uma redução nos preços da gasolina e do diesel inferior à que deve ser anunciada nos próximos dias pela Petrobras. Representantes dos postos de combustíveis dizem ser impossível repassar todo o percentual da redução para os preços das bombas. A culpa seria dos impostos que incidem sobre os combustíveis.

“O repasse percentual integral para o preço da gasolina na bomba é impossível. Entre o valor da refinaria e o que chega ao consumidor final há impostos, como a Cide [tributo sobre o consumo de combustíveis” e o ICMS, que não permitem isso”, afirma José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro (sindicato que reúne os postos paulistas).

Para o diretor da consultoria Global Invest, Fernando Ferreira, não dá para saber o impacto do corte a ser anunciado nos índices de inflação, pois não se sabe ainda quanto da redução nas refinarias chegará ao consumidor final. “Em maio, a inflação já deve demonstrar reflexo desse corte”.

Aldo Guarda, vice-presidente da Fecombustíveis, federação que reúne sindicatos e postos no país, afirma que cerca da metade do preço da gasolina cobrado na bomba é formada por impostos. Para ele, se a redução anunciada pela Petrobras no preço da gasolina na refinaria fosse de 10%, o consumidor teria de se contentar com uma baixa em torno de 6% no valor a ser pago no posto.

A Petrobras ainda não informou qual será o percentual da queda nos preços das refinarias. Apenas que não será superior a um dígito (ou seja, será menor de 10%). A expectativa de representantes do setor é que o corte não supere os 7%.

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