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Postos BR largam na frente

Os motoristas que abasteceram seus carros nos postos BR na Quarta-Feira de Cinzas tiveram a ressaca piorada. No primeiro dia de redução da mistura de álcool à gasolina, os preços subiram até 3,8%, contra uma previsão oficial de reajuste entre 0,7% e 2,7%. E os postos da distribuidora controlada pela estatal Petrobras saíram na frente: num universo de 20 revendedores do Rio de Janeiro, de todas as bandeiras, foram os únicos a remarcar as bombas ontem.

Com a alta do preço do álcool, depois que os usineiros desrespeitaram acordo para limitar reajustes, o governo decidiu reduzir o percentual de adição de anidro à gasolina, de 25% para 20%. A medida entrou em vigor ontem, com aumentos de R$ 0,07 a R$ 0,10 o litro, constatados pelo JB. Apenas quatro postos foram rápidos no gatilho, todos da BR. Os demais também prevêem reajustes nos próximos dias.

– Quem não comprou combustível das distribuidoras hoje (ontem), não tem por que aumentar os preços imediatamente. Mas o aumento virá. O tamanho depende do estado, mas irá variar de R$ 0,03 a R$ 0,10 – explica Alísio Mendes Vaz, vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom).

Segundo Vaz, a alta varia devido aos impostos.

– O litro do álcool anidro (R$ 1,15), misturado à gasolina, é mais caro que o da gasolina pura (R$ 1). Sob essa lógica, o preço do combustível deveria cair. Mas a gasolina leva toda a carga tributária, e só os tributos federais somam 54% ao valor da gasolina. O consumidor pagava 75% desse valor, e agora passa a pagar 80%, porque não houve ajuste do governo nesse sentido (como a redução da alíquota da Cide). A diferença dá cerca de R$ 0,02, por litro, mas existe ainda o ICMS estadual.

Nenhum dirigente da BR foi localizado para comentar o reajuste.

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