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Postos aumentam preço do álcool

Os postos de combustíveis da capital pernambucana aumentaram o preço do álcool. O litro do produto está sendo vendido a, em média, R$ 1,80, uma alta de R$ 0,05 sobre o valor anterior, que girava em torno de R$ 1,75. Quando comparado com a gasolina – R$ 2,55 médios, segundo a última pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) – constata-se que, atualmente, está mais vantajoso para o proprietário de um veículo flex abastecer com o derivado de petróleo no Recife.

A alta é de quase 3%. Há estabelecimentos comercializando o litro por até R$ 1,89, como revendas na Zona Sul da cidade. O álcool rende 30% menos que a gasolina, por isso o etanol só é mais rentável se custar, no máximo, 70% do valor da gasolina. Para saber qual o mais em conta, basta multiplicar o preço da gasolina por 0,7. O resultado mostra o limite a ser cobrado pelo álcool.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), José Afonso Nóbrega, comenta que os preços devem aumentar ainda mais a partir do mês de fevereiro, durante a entressafra de cana-de-açúcar no Nordeste. Há ainda a expectativa de que o litro da gasolina fique mais caro. “As distribuidoras repassaram, semana passada, um aumento de R$ 0,10 no litro. Os reflexos chegarão para o consumidor em poucos dias”, revelou.

A gasolina aumenta de preço porque 25% de sua composição é de álcool do tipo anidro – que assim como o hidratado, tem aumentado de valor. Os preços começaram a subir por causa da escassez de etanol. No segundo semestre do ano passado, a safra do Centro-Sul foi prejudicada por fortes chuvas. A queda na produção aconteceu no momento em que a demanda pelo produto ficou maior por causa da ampliação da frota de carros flex no Brasil.

Para combater o desabastecimento e a inflação – que foi de 14,98% em 2009 –, o governo federal anunciou a redução no percentual de álcool anidro na gasolina de 25% para 20% a partir de 1ª de fevereiro. No entanto, representantes do setor de combustíveis acreditam que não haverá o efeito esperado nos preços. Projetam ainda um encarecimento de até 2% na gasolina.

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