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PORTO SECO DE MARINGÁ – R$ 1,2 mi serão investidos em 2007

Segundo Marcos Capellazzi, o Porto Seco maringaense está focado na indústria e no Mercosul

Marcos Capellazzi, superintendente do Porto Seco Norte do Paraná, que funciona em Maringá, falou à FOLHA sobre os projetos do grupo que assumiu a administração da empresa neste ano. Segundo Capellazzi, o desafio é reconquistar os clientes e oferecer um serviço diferenciado. ‘Queremos transformar o Porto Seco em uma instituição de desenvolvimento regional, para isso oferecemos vantagens e também uma assessoria sobre comércio exterior.’

O que aconteceu com o Porto Seco?

Houve a suspensão do tráfego aduaneiro. O antigo proprietário pediu à Receita Federal a suspensão do envio de carga para ser liberada na cidade, mas isso já foi retomado em fevereiro deste ano. O porto continuou operando com as cargas que estavam aqui. Não pode deixar de ser alfandegado com a mercadoria dentro, tem que primeiro liquidar. A intenção dele era fechar ou vender.

Como a situação foi modificada?

Houve uma mobilização na cidade, as forças políticas, alguns empresários e a Associação Comercial se reuniram e desafiaram um grupo de empresários para assumir o Porto Seco. Sete grupos empresariais assumiram a administração, porque consideram o Porto uma instituição de desenvolvimento regional.

A interrupção do tráfego aduaneiro criou problemas junto à Receita?

Não, mas criou junto aos clientes. Porque existem muitas mercadorias que estão em alto-mar vindo para a cidade. Isso criou uma insatisfação junto aos usuários.

O que estão fazendo para reverter a situação?

Estamos fazendo visitas técnicas a todos os importadores e exportadores do norte do Paraná informando da mudança no grupo societário. Hoje é um grupo local e que tem muito interesse no desenvolvimento da região, porque todos têm grandes negócios na cidade. Também procuramos mostrar os novos serviços e facilidades para o empresário. Por exemplo, deixar a mercadoria armazenada por um período mais longo no Porto Seco, com redução de custos. Temos sido bastante flexíveis nas negociações.

Quantas empresas são atendidas?

Hoje temos 39 empresas operando no Porto Seco. É importante que se saiba que em todo o norte temos em torno de 250 empresas de importação e exportação. O negócio não é tão grande. A maior parte das indústrias da nossa região é voltada para o mercado interno ou para o agronegócio. E não operamos com o agronegócio. É impossível operar na exportação de soja, açúcar, por exemplo. A quantidade é grande, a maioria é transportada por trem até o porto de Paranaguá. Também por um questão de logística, a soja, por exemplo, sai daqui por caminhão e trem, chega lá e é colocada no armazém e depois é feito o transbordo para o navio. Então não dá para exportar daqui porque não tem como quantificar as cargas, que precisam sair lacradas.

Quais os projetos nessa nova fase?

Estamos desenvolvendo serviços específicos para o importador. Um deles é o Porto Seco indústria. Estamos conversando com algumas indústrias para que eles importem os componentes e montem o produto aqui em Maringá. Outro serviço é uma logística diferenciada para atender às importações do Mercosul, faríamos uma entrepostagem em Maringá e transformaríamos a cidade em um centro de distribuição para o Brasil dos produtos vindos do Mercosul. Também vamos desenvolver um armazém com controle de temperatura e tudo o que for necessário para receber os vinhos da região. Estamos procurando focar em alguns negócios especiais, porque o volume de importação da nossa região não é tão grande assim para dar um faturamento satisfatório, então temos de ampliar. Para este ano pensamos em investir R$ 1,2 milhão, parceladamente, para o desenvolvimento do negócio.

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