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Porto do Recife investe R$ 1,5 mi em segurança

Os recursos serão do governo do Estado e estarão disponíveis a partir desta semana. Meta é adequar o porto às normas estabelecidas pelo ISPS Code

O Porto do Recife vai investir R$ 1,5 milhão para implantar todos os procedimentos necessários para cumprir as normas de segurança estabelecidas pelo ISPS Code, um conjunto de normas internacionais que têm como objetivo aumentar a segurança das cargas que passam por vários países. “Os recursos serão do governo do Estado e estarão disponíveis a partir desta semana”, disse o presidente do Porto, Alexandre Catão, acrescentando que todos os procedimentos deverão ser implantados até novembro.

Com o dinheiro, serão feitas obras e adquiridos equipamentos para melhorar a segurança. O muro da estatal será reforçado, haverá a implantação de catracas eletrônicas que darão acesso aos trabalhadores do porto e a instalação de um circuito fechado de TV para que todas as áreas que fazem a movimentação de carga sejam monitoradas 24 horas por dia.

Também será realizado um treinamento para todos os trabalhadores que ficam na guarda e nos portões. A finalidade é controlar o acesso a todas as áreas que fazem a movimentação de carga. Depois que os equipamentos forem implantados, até os trabalhadores só entrarão no porto com um cartão magnético, que libera a entrada pelas catracas.

“É uma emergência. Temos que implantar tudo até novembro para não perdemos o termo de aptidão”, explicou Catão. Caso o porto deixe de ter este documento, não poderá mais ter as cargas de exportação e de importação, responsáveis por grande parte da movimentação da estatal. Pelo Porto do Recife, são realizadas exportações de açúcar e importações de vários produtos, como trigo, barrilha, cevada, entre outros.

Todos os portos brasileiros terão que cumprir as normas do ISPS Code até novembro. O Porto de Suape já está obedecendo a essas normas e foi um dos primeiros a instalar as medidas de segurança.

As regras do ISPS Code entraram em vigor a partir de 2002. Na época, foi dado um prazo até junho de 2004 para todos os portos se adequarem as normas internacionais.

No Brasil, poucos foram os portos que se adaptaram até 2004. Por isso, muitos portos obtiveram um termo de aptidão para continuar operando com as cargas internacionais, enquanto implantavam as suas normas de segurança.

O ISPS Code surgiu como uma necessidade, depois dos atentados terroristas de 2001, quando as torres gêmeas do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, foram destruídas num dos maiores atentados terroristas da história.

As normas foram implantadas para dificultar que o bioterrorismo seja feito no manuseio das cargas que passam por portos internacionais.

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