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Porto de Santos vai retomar dragagem após 14 meses

O porto de Santos deverá retomar os serviços de dragagem a partir de primeiro de junho. O calado do porto está abaixo do ideal para a navegação e vem causando prejuízos ao setor. No canal da barra, por onde passam todas as embarcações, a profundidade de projeto é de 14 metros. Hoje, calcula-se que ela esteja com apenas 12,80 metros.

Sem dragagem há 14 meses, devido a questões de licitação e ambientais, as vias aquáticas de acesso ao porto devem conter cerca de 4,4 milhões de m3 de lama. É com base nessa previsão da quantidade de lama que deverá ser retirada que está sendo realizada uma licitação pública para escolher quem vai executar o trabalho. A propostas serão abertas no dia 30 de abril.

Dois trechos estão sendo licitados, no valor total de R$ 45 milhões, com validade de 12 meses. No total, são cerca de 25 km de extensão a serem dragados. As empresas interessadas devem ter capital social entre R$ 1,5 milhão e R$ 2,9 milhões, conforme o trecho a ser licitado.

“A profundidade influencia diretamente no frete cobrado pelos navios. Quanto mais calado, mais carga e quanto mais carga, menos frete”, diz Arnaldo de Oliveira Barreto, diretor da área de infra-estrutura e serviços da Codesp, estatal administradora do porto.

Segundo Arnaldo Barreto, a empresa acaba de apresentar ao Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes (Denit), projeto do porto de Santos visando aumentar sua profundidade média de 14 metros para até 17 metros.

Com meta de dez anos para sua execução, o projeto envolverá a retirada de aproximadamente 15 milhões de m3 de lama, ao custo estimado de cerca de US$ 50 milhões. “O porto tem de seguir a tendência dos navios que estão sendo fabricados no mundo”, prevê Barreto.

Os berços de atracação estão sendo dragados normalmente, desde 1996, cujo contrato termina em novembro, assegurou o diretor. Ele adiantou que a Codesp está autorizada à dragagem por ser tratar de operação de manutenção, embora em alguns pontos do estuário tenham sido detectados focos de contaminação prejudiciais ao meio ambiente marinho, que ele espera ver solucionados até junho.

O despejo da dragagem de elementos naturais é feito próximo à ilha da Moela, no litoral santista, aproveitando corrente marítima do local, mas os elementos contaminados requerem áreas confinadas.

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