Arnaldo Jardim, relator do projeto de lei (Foto: Mario Agra - Câmara dos Deputados)
Arnaldo Jardim, relator do projeto de lei (Foto: Mario Agra - Câmara dos Deputados)

O setor do agronegócio brasileiro pretende apresentar propostas sobre biocombustíveis, recuperação de áreas degradadas e créditos de carbono na COP30.

Segundo o presidente da Comissão de Transição Energética da Câmara, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), essas serão as três questões centrais do setor na conferência.

A fala de Jardim se deu durante o “CNN Talks – COP30” na quarta-feira (15), em Brasília.

O evento reúne os principais tomadores de decisão da agenda ambiental para antecipar os temas centrais da COP30, que será realizada em novembro.

“Além de levar a temática de biocombustíveis, nós queremos assumir compromissos claros de recuperar áreas degradadas, que foram usadas para pastagens e que acabaram se transformando em áreas de baixa produtividade”, afirmou Jardim.

O deputado disse ter estado em Belém, onde a COP será realizada, nos últimos dias para discutir como os biocombustíveis serão apresentados. Segundo ele, a ideia de levar a temática para a mesa de negociações foi da Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará).

Jardim destacou que pretende esclarecer “polêmicas” acerca da produção de biocombustíveis. Ele disse que, no passado, houve a discussão se os biocombustíveis afetariam a produção de alimentos.

“Quando você retira o etanol do milho, sobra o bagaço do milho e isso alimenta galinha, porco e bovinos. Quando você faz a mesma coisa na soja, você também cria isso. O Brasil mostrou que a segurança energética e a segurança alimentar podem caminhar juntas”, declarou.

O congressista acrescentou que a COP de Belém será o momento para o Brasil fazer um balanço do que tem feito até agora. “[O Brasil] vai ser visto pelo mundo e vai se apresentar ao mundo”, afirmou.